ABDON MARINHO DESEMBARGADOR?
Por Abdon C. Marinho.
DIVERSOS amigos têm “atiçado”, provocado e insistido para que coloque meu nome à disposição dos colegas advogados e advogadas na disputa da vaga de desembargador pelo quinto constitucional.
Até então tenho me mantido distante de tal disputa ao passo que muitos colegas, todos com muita competência, diga-se de passagem, têm percorrido as diversas seccionais na busca dos votos dos advogados/eleitores.
Minhas reflexões passam, inicialmente, pelo fato desta ser uma disputa complexa com os postulantes submetidos ao crivo de diversos Colégios Eleitorais.
Começa pela escolha direta da categoria que indicará doze postulantes; que depois passarão pelo crivo do Conselho Estadual, que escolherá os seis que serão encaminhados ao Tribunal de Justiça do Maranhão, que formará uma lista com três dos quais o governador, em decisão unipessoal, nomeará um.
Ora, tal qual a música de Belchior, “sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, sem amigos importantes e vindo do interior …”. No meu caso, até mais difícil, pois filho de pais agricultores e analfabetos por parte dos pais, das mães e das parteiras.
Sendo assim, não possuo rede de contatos ou de influência suficientes para cabalar os votos necessários nas várias etapas da disputa.
Dito isso, cada um dos amigos e colegas que têm incentivado tal postulação ou que torcem ela, devem empenhar-se na busca dos votos necessários em cada etapa – advogados ou não.
A tais dificuldades, some-se o fato da “campanha ao desembargo”, alcançar-me na terceira recidiva da poliomielite, conforme já informei em alguns textos anteriores, apenas faço o registro novamente – sem qualquer vitimismo –, para dizer que não poderei ir até os colegas, nos mais de duzentos municípios ou mesmo nas seccionais ou em seus escritórios, ainda que na mesma cidade, na busca de convencê-los a dar-me o voto.
As dificuldades de locomoção que enfrento na atual quadra, impede-me de fazer o mesmo em relação aos conselheiros/eleitores, assim como, junto aos desembargadores que formularão a lista tríplice, caso “passé” pelas etapas anteriores.
Assim, os contatos que farei com os colegas, serão pessoalmente, para aqueles que desejem me visitar no meu escritório ou mesmo na minha casa – onde serão bem recebidos –, ou através de contatos telefônicos, videoconferência, redes sociais, e-mail, cartas, etc.
É o que posso para o momento. Registrando que tentarei falar com todos.
Do mesmo modo, não teremos almoços, jantares, coquetéis ou demais rapapés custeados por este que vos fala.
Muito embora tenha uma carreira sólida na advocacia, ela não me fez rico e não tenho e não desejo ter “patrocinadores” nessa disputa.
Por outro lado, estou certo que o credenciamento que nos faz merecer a confiança dos diversos integrantes dos Colégios Eleitorais, aqui referidos, é o que fomos (e somos) durante toda a vida, o trato com colegas, promotores, juizes, defensores e todos os cidadãos.
É isso o que tenho a oferecer, como candidato: o meu nome, a minha história de vida e a minha carreira de mais de 25 anos na advocacia nacional.
Mais de um quarto de século dedicado exclusivamente à advocacia, notadamente, à advocacia eleitoral, administrativa e municipalista.
Também representa uma justa homenagem a tantos outros colegas que não puderam ou não tiveram a oportunidade de participar de tal escolha, que materializo no nome do saudoso doutor João Damasceno Moreira, que foi meu companheiro de disputa na vez anterior.
Nada além disso.
Aos que tem a responsabilidade de escolher devo dizer que melhor escolha é aquela que é feita pesquisando a história de vida e profissional dos postulantes.
Oportuno que as advogadas e advogados façam isso antes da escolha.
A escolha para a vaga do quinto não é um concurso de provas e títulos, temos que escolher pela história, pelo caráter, pelo comportamento ético e moral do cidadão ou cidadã.
É isso que pesa na hora que os processos e as vidas das pessoas são decididas.
Nem sempre os mais bem formados e/ou habilitados possuem a honestidade, a temperança, a sobriedade ou o senso de justiça necessários a alimentar aos que têm na Justiça a derradeira trincheira da cidadania.
Muitas das vezes, tais qualidades e/ou talentos, militam no sentido de se distorcer a lei e a Justiça para atender interesses próprios ou de terceiros.
Os meus posicionamentos sobre o que penso sobre os mais variados temas são públicos e estão expostos nos mais de mil artigos e “textões» escritos nas últimas décadas, e que são públicos, podendo ser acessados no site www.abdonmarinho.com .
É bem possível que muitos deles já tenham sofridos modificações de pensamento, uma vez que só os absolutamente ignorantes não mudam, mas, em linhas gerais, são essas as formulações teóricas ou minhas indagações e questionamentos que conduzirão, nos limites da lei, meus julgamentos na eventualidade de vir a ser o escolhido.
Dito isso, informo que colocarei o meu nome à disposição das colegas e dos colegas advogados que desejarem nele votar como representante da advocacia no TJMA na vaga destinada ao quinto constitucional.
Caso consiga a confiança das senhoras e dos senhores, seguiremos adiante. Afinal, cada dia com sua agonia.
O nosso nome é colocado como mais uma opção dentre as demais de colegas igualmente dignos e capazes.
Hoje, 20 de janeiro, Dia de São Sebastião é um bom dia para fazer esse comunicado a todos.
Abdon C. Marinho é advogado.