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ATÉ TU, Ó SUPREMO?

Escrito por Abdon Mar­inho

A TU, Ó SUPREMO?
UM fato pro­saico talvez sirva para dimen­sionar o prestí­gio da Corte Suprema do Brasil per­ante a sociedade de juris­di­ciona­dos.
Por estes dias aquela digna Corte decidiu “trans­ferir» o feri­ado do servi­dor público, que caiu no sábado, 28 de out­ubro, para o dia 03 de novem­bro, sexta-​feira e garan­tir aos ilus­tres mem­bros do Poder Judi­ciário um feri­ado pro­lon­gado, que cer­ta­mente terá ini­cio já na terça-​feira, dia 1º novem­bro, por conta da Lei nº. 5.010÷66, art. 62, IV, que esta­b­elece os feri­ados na Justiça Fed­eral e Tri­bunais Supe­ri­ores.
Ora, como é comum que façam, pode­riam, sim­ples­mente ter dec­re­tado ponto fac­ul­ta­tivo na corte na sexta-​feira, 03, o que cau­sou estran­hamento à pat­uleia foi a “trans­fer­ên­cia» do feri­ado. Mesmo porque, salvo um ou outro servi­dor ou plan­ton­istas, a Justiça não fun­ciona aos sába­dos, não fazendo sen­tido, à quiça de se fes­te­jar o Dia do Servi­dor, o deslo­ca­mento da data, sobre­tudo, quando a sem­ana, para o Poder Judi­ciário, já estará prati­ca­mente “per­dida”.
Para a imagem da Corte, causaria menos estrago, se não tivessem arran­jado uma jus­ti­fica­tiva, pra lá de esfar­ra­pada, para jus­ti­ficar o não fun­ciona­mento dos órgãos da justiça – pois o efeito cas­cata, foi ime­di­ato –, em plena sexta-​feita.
Antes, fatos como este mobi­lizava ape­nas a comu­nidade jurídica, os advo­ga­dos, prin­ci­pal­mente, o excesso, em se deslo­car um feri­ado, pro­tag­on­i­zado pela maior instân­cia da justiça brasileira, cau­sou escân­dalo para toda a sociedade. Até mesmo os pro­gra­mas matuti­nos e ves­per­ti­nos de rádio, deram destaque ao “feri­ado fora de época” dos sen­hores min­istros. E olhem que nem sabiam que o feri­adão começa, efe­ti­va­mente, na quarta-​feira.
O que se passa com aquela Corte? Será que para ela o tempo só pas­sou para a degradação dos cos­tumes, mas não em relação à desconexão com a sociedade e a real­i­dade do país?
Outro dia um his­to­ri­ador se deu ao tra­balho de inves­ti­gar o des­tino do orça­mento da Corte. Com­pro­vou: São mil­hões e mil­hões de reais gas­tos com mor­do­mias, com pen­duri­cal­hos, mimos, umas coisas que tor­nam suas excelên­cias autên­ti­cos mara­jás, tais como aque­les da Índia de sécu­los pretéri­tos.
Situ­ações absur­da­mente dis­so­ci­adas da real­i­dade nacional, incom­patíveis com a Con­sti­tu­ição da República, a qual têm a mis­são de guardar, con­forme se extrai do artigo 102: «Com­pete ao Supremo Tri­bunal Fed­eral, pre­cipua­mente, a guarda da Con­sti­tu­ição…”.
Esta mesma Carta Magna, esta­b­elece que todos são iguais per­ante a mesma e as leis, não admitindo dis­tinção de qual­quer natureza, artigo 5º: “Todos são iguais per­ante a lei, sem dis­tinção de qual­quer natureza, garantindo-​se aos brasileiros e aos estrangeiros res­i­dentes no País a invi­o­la­bil­i­dade do dire­ito à vida, à liber­dade, à igual­dade, à segu­rança e à pro­priedade, nos ter­mos seguintes:..”.
Ora, por mais “exaus­tivo» que seja o tra­balho de suas excelên­cias, não tenho dúvi­das que gozam de van­ta­gens e defer­ên­cias incom­patíveis com a real­i­dade dos demais tra­bal­hadores, o que, ainda, indi­re­ta­mente, é uma «dis­tinção”, a começar, ape­nas para citar um exem­plo, com férias de 60 (sessenta) dias por ano.
E ainda acham pouco? Que outro tra­bal­hador brasileiro, mesmo aque­les que exe­cu­tam as tare­fas mais penosas, tem tal e tan­tas out­ras van­ta­gens?
Pois bem, se por um lado “habitam» o Olimpo das pom­pas que lhes con­ferem a dig­nidade da função de Estado, por outro descem aos infer­nos das brigas de rua e mis­tu­ram ao que há de pior na falta de boas maneiras.
Nunca um dito pop­u­lar foi tão apro­pri­ado a nossa Suprema Corte quanto aquele que diz: “Uma cor­rente será tão forte quanto o seu elo mais fraco”, cujo o autor não lem­bro.
Quem pode­ria imag­i­nar que um evento com min­istros de tão ele­vada Corte fosse recep­cionado com pop­u­lares jogando tomates?
Não duvido se amanhã os próprios min­istros sejam os alvos de tais tomates ou de out­ras coisas.
Trata-​se de um fato gravís­simo, acred­ito que inédito. E é a con­se­quên­cia mais elo­quente do desprestí­gio da Corte per­ante os seus juris­di­ciona­dos.
Ainda que tenha sido orquestrado por alguém que teve algum inter­esse con­trari­ado, não há como ocul­tar que os acon­tec­i­men­tos dos últi­mos tem­pos, têm atraído estas e out­ras insat­is­fações da sociedade em relação ao STF.
Como chag­amos a tão estranha situ­ação? Impos­sível iden­ti­ficar uma causa única.
As razões são muitas.
Uma das lições her­dadas de meu pai – que era anal­fa­beto de pai, mãe e parteira – foi que se quisésse­mos respeito dos out­ros teríamos de nos respeitar antes.
Está aí o seg­redo, não podemos cobrar o respeito dos out­ros se nós mes­mos não nos respeita­mos.
O que acon­tece com Supremo Tri­bunal Fed­eral é que as ações de seus mem­bros, as sus­peitas de favorec­i­men­tos, as ilações de ben­e­fi­ci­a­men­tos inde­v­i­dos, favores pes­soais de agentes públi­cos e mes­mos ter­ceiros, favorece ao desre­speito.
Isso tudo, sem con­tar que já vem de lon­gas datas o fato do Pleno do Supremo Tri­bunal Fed­eral, ter deix­ado de ser um ambi­ente de respeito mútuo e de dis­cussões de teses jurídi­cas e a sua mel­hor apli­cação em ben­efi­cio da sociedade, para se tornar uma espé­cie de «ringue de vaidades” e de inter­esses mesquin­hos, onde as agressões pes­soais – gravís­si­mas –, são des­feri­das por uns con­tra os out­ros sem quais­quer con­strag­i­men­tos.
Cer­ta­mente os mole­ques que se “pegam” nas ruas para tirar suas difer­enças no “braço”, não ficam devendo, em nada, muitas vezes, ao com­por­ta­mento de suas excelên­cias. Estes, como o próprio nome faz crê, se “pegam” nas ruas, respei­tando o recesso de cer­tos ambi­entes.
Como é pos­sível que a sociedade acred­ite e con­fie numa corte cujo seus inte­grantes são imputa­dos mutu­a­mente a prática de crimes diver­sos, como vimos outro dia acon­te­cer no céle­bre e ver­gonhoso bate-​boca entre os min­istros Roberto Bar­roso e Gilmar Mendes?
Além da falta de respeito mútuo, pro­fa­naram o prin­ci­pal ambi­ente da Justiça brasileira, não lhes val­endo, sequer, os ape­los feitos, em um fiapo de voz, pela ministra-​presidente.
Ali foram imputadas con­du­tas crim­i­nosas. O que um min­istro disse do outro foi que eles teriam prat­i­ca­dos crimes. Crimes con­tra a sociedade, con­tra os que con­fiam na Justiça.
Algo impen­sável, mas que não terá qual­quer con­se­quên­cia que não seja esta que esta­mos assistindo: o despres­ti­gio da Corte per­ante a sociedade.
Em vários canais de comu­ni­cação, como se estivésse­mos em rinque de MMA, UFC – não sei como chamam –, vi a for­mação de tor­ci­das: min­istro fulano colo­cou o min­istro sicrano no seu lugar; min­istro bel­trano “descati­tou» com sicrano, e por aí vai, como se fos­sem tor­ci­das orga­ni­zadas destes ou daque­les.
Meus sen­hores, o STF não é ringue, não assistíamos a uma luta de boxe ou uma par­tida de fute­bol, infe­liz­mente. Está­va­mos, sim, diante de um jul­ga­mento da mais ele­vada Corte do país.
Mesmo oper­adores do dire­ito ou agentes políti­cos e soci­ais, com papel rel­e­vante per­ante a comu­nidade, pare­ce­ram não perce­ber a gravi­dade da situ­ação, se per­fi­lando como “torce­dores” de um e de outro, quando, na ver­dade, está­va­mos numa casa onde falta pão, na qual todos gri­tam e nen­hum tem razão.
Emb­ora já tivésse­mos tido a opor­tu­nidade de assi­s­tir a espetácu­los igual­mente depri­mentes e grotesco, tenho a impressão que este último ultra­pas­sou as fron­teiras do aceitável e, numa situ­ação extrema, per­mi­tiria que qual­quer do povo, con­forme manda a lei, desse ordem de prisão aos con­tendores em fla­grante delito.
Infe­liz­mente, mais que a eles próprios, que, não duvido, são acu­sa­dos jus­ta­mente, as agressões ofen­dem a dig­nidade Corte como um todo.
Por onde passo, nas sus­ten­tações que faço, cos­tumo dizer que os tri­bunais são as der­radeiras trincheiras da cidada­nia. O que assis­ti­mos, não sem nos estar­recer, é que esta trincheira está mais vul­nerável que nunca.
E sem ela, que Deus tenha piedade de nós.
Abdon Mar­inho é advogado.

SOBRE A INGRATIDÃO.

Escrito por Abdon Mar­inho

SOBRE A INGRATIDÃO.
PEN­SEI em escr­ever sobre a ingratidão. Decidi sub­scr­ever os escritos de out­ros.
Os infe­lizes são ingratos; isso faz parte da infe­li­ci­dade deles.
Vic­tor Hugo
Ter um filho ingrato é mais doloroso /​do que a mor­dida de uma ser­pente!
William Shake­speare
Ingratidão é uma forma de fraqueza. Jamais con­heci homem de valor que fosse ingrato.
Johann Goethe
Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.
Alexan­dre Dumas
A ingratidão é filha da soberba.
Miguel de Cer­vantes
A ingratidão é o mais hor­rendo de todos os peca­dos.
Alexan­dre Her­cu­lano
O coração ingrato assemelha-​se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não pro­duz coisa alguma.
Muslah-​Al-​Din Saadi
Vale a pena exper­i­men­tar tam­bém a ingratidão para encon­trar um homem grato.
Sêneca
A ingratidão é um dire­ito do qual não se deve fazer uso.
Machado de Assis
Se seu coração é grande, nen­huma ingratidão o flecha, nen­huma indifer­ença o cansa.
Leon Tol­stói
A vileza e a ingratidão estão sem­pre dis­postas
A viti­marem as pes­soas mais bon­dosas
Por isso é que ser bon­doso neste mundo
Não é para os fra­cos, é para os fortes!
Augusto Branco
Não te irrites se te pagarem mal um bene­fí­cio: antes cair das nuvens que de um ter­ceiro andar.
Machado de Assis
O sím­bolo dos ingratos não é a Ser­pente, é o Homem.
Jean de La Fontaine
Encon­tras cem ingratos; difi­cil­mente encon­tras um ben­feitor.
Emanuel Wertheimer
Escr­ever é uma per­cepção do espírito. É um tra­balho ingrato que leva à solidão.
Blaise Cen­drars
Os sober­bos são ordi­nar­i­a­mente ingratos; con­sid­eram os bene­fí­cios como trib­u­tos que se lhes devem.
Mar­quês de Mar­icá
Antes de dormir rezei, pedi a Deus que per­doe tanta ingratidão de minha parte, por não enx­er­gar tudo de bom que a vida me ofer­ece, e con­tin­uar aqui me lamen­tando.
Tati Bernardi
Uma pes­soa de valor nunca é ingrata.
Johann Goethe
Um grande erro que uma pes­soa ingrata comete é esque­cer que um dia poderá pre­cisar de você nova­mente.
Descon­hecido
A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esper­ança mesmo do meio do fel do deses­pero.
Guimarães Rosa
A Raiva e a Ingratidão são irmãs gêmeas da Incom­preen­são.
Mahatma Gandhi
A mis­er­icór­dia de Deus será sem­pre maior que a tua ingratidão.
São Padre Pio de Pietrel­cina
A ingratidão é um cer­ti­fi­cado que damos a nós mesmo de que não temos nada de bom den­tro da gente para dar ao próx­imo, nem mesmo somos capaz de recon­hecer o bem que nos fiz­eram!
Mar­iluci Car­valho de Souza
O mundo dá voltas, mas os ingratos não tem esse entendi­mento de que o prato em que se cospe hoje pode ser o mesmo no qual se ali­men­tará amanhã…
Dihony Car­doso
Não tenho mais von­tade de agradar os ingratos, de servir os fol­ga­dos e de sus­ten­tar os inúteis. Não tenho mais inter­esse em nutrir fal­sos ami­gos, me ali­men­tar com fal­sos amores e nem me apoiar em meias ver­dades. Daqui por diante só o real me inter­essa.
Aurélia Vas­con­ce­los
Um ingrato se esquece de mil refeições mas reclama de uma que não teve.
Chinês
Nunca se viu egoísmo que não se queixe de ingratidão.
Emmanuel
Se algum dia você for sur­preen­dido pela ingratidão ou pela injustiça, não deixe de crer na vida, não deixe de ser um exem­plo, não deixe de amar e não deixe de se con­struir pelo tra­balho.
Alfredo Mar­tini Júnior
Nem sem­pre a ingratidão é resul­tado de favores não recon­heci­dos, mas tam­bém de sen­ti­men­tos não val­oriza­dos.
Mar­cia Patri­cia San­tos Klem
Só estes que querem esque­cer são geral­mente ingratos.
Tex­tos Judaicos
Há muitos homens que se queixam da ingratidão humana para se incul­carem ben­feitores infe­lizes ou se dis­pen­sarem de ser ben­fazentes e cari­dosos.
Mar­quês de Mar­icá
«A ingratidão é uma faca que fere sem piedade.«
Edson Rufo
A ingratidão mata qual­quer sen­ti­mento por mais forte que seja. O mundo dá muitas voltas. Tem pes­soas que pen­sam que ele é parado. Cuidado para não come­ter ingratidão com quem te deu a mão. Tem um velho provér­bio: o prato em que se cospe hoje pode ser o mesmo no qual se ali­men­tará amanhã.
Prof Lour­des Duarte
Mãe, você tem um dos exem­p­los mais boni­tos de altruísmo, per­doando a ingratidão e as palavras ditas pelos fil­hos em momen­tos de frus­tração, para não per­mi­tir que a família se sep­are.
Jacque­line Col­lodo Gomes
Quando alguém come­ter alguma ingratidão com você, reze por este alguém, o espírito dele é fraco e está pre­cisando de luz.
Izzo Rocha
No colo dos meus cães, esqueço ingratidões.
Leti­cia Bergallo
Não se deve ser ingrato com aquele que te esten­deu a mão num momento cru­cial, porque a ingratidão é a arma dos incom­pen­tentes.
Teresa Teth
A ingratidão começa no final da ben­feito­ria
Vitor Orlandi

Deus per­mite que às vezes sejais pagos com a ingratidão, para provar a vossa per­se­ver­ança em fazer o bem.
Soil­inha Jaques
Faça o que for, mas faça tudo de coração sem esperar retorno algum, pois o mais ingrato ser de todos é aquele que faz algo esperando somente o retorno e ben­efi­cio a seu favor.
Breno Freire Dias
Ingratidão é um ato de covarde pre­potên­cia e anal­fa­betismo sen­ti­men­tal.
Ross
Se você não sabe agrade­cer, rara­mente será con­vi­dado, pre­sen­teado ou aju­dado nova­mente. Ingratidão é um dos defeitos pouco tol­erável. Até Deus, que é mis­eri­cor­dioso e amoroso, não se agrada dos ingratos. (PLDD)
Paloma De Déa
Quis ser um dia, jar­dineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Cora Car­olina
Grande parte da infe­li­ci­dade é feita de ingratidão.
Malu Schnei­der
Come­ter uma ingratidão inten­cional sig­nifica cravar um pun­hal na alma de quem lhe ama.
Izzo Rocha
«O tamanho da sua decepção será o mesmo da sua ded­i­cação, quando ocor­rer a ingratidão.«
Geize Stella
A gratidão é o sen­ti­mento mais nobre de um ser humano, a ingratidão é o mais desprezível …
Mauro Roberto
Pela ingratidão deix­amos de crescer, pois o pouco que recebe­mos talvez seja o mín­imo que doamos.
(do livro: “Livrai-​nos de todo mal”)
Edson Rufo
Não espere nunca um muito obri­gado de uma pes­soa ingrata, afi­nal o mundo gira em torno dela sem­pre, mas nunca deixe ele te atin­gir, afi­nal essa pes­soa pre­cisa muito de sua ajuda para a evolução.
Paulo Granato
Não ame as pes­soas ingratas, pois o amor não é digno de tanta ingratidão.
Eduardo Hen­rique Cor­reia da silva
Seja frio com os demais…assim estará sem­pre pro­te­gido do calor humano que é ingrato, inter­es­seiro e inten­cional!!
Jon­nathan Seixas
Tenha sem­pre em mente a ingratidão dos homens quando fizer algo para alguém, assim, nunca se decep­cionará e o que lhe vier será jubilo.
Wal­is­g­ton
O egoísmo, a ganân­cia, a ambição, a ingratidão, a infi­del­i­dade e a falta de humil­dade, de leal­dade e justiça serão seus próprios algo­zes.
Izzo Rocha
Machuca-​se mor­tal­mente o amor com a ingratidão.
Rodolpho Moraes
A solidão pode ser ingrata. Mas as vezes estar com ela é con­hecer a si mesmo.
Mário Pires

Haverá um dia em que o homem não supor­tará as maze­las de sua própria ingratidão.
Erasmo Shal­lkyt­ton
Que­ria expor toda minha ingratidão ao meu receio
Mas ele foi emb­ora quando fui sin­cera
Bruna Ramos dos San­tos
Dar amor e rece­ber ingratidão, é o mesmo que plan­tar uma flor e depois negar-​lhe água
J.:R.: –José Roberto dos San­tos Filó­sofo Bau­ru­ense
Deus me livre de um coração ingrato, Deus me livre de um coração soberbo, Deus me livre de um coração ran­coroso, Deus me livre de um coração orgul­hoso, Deus me livre de um coração hipócrita, Deus me livre de mim mesmo!!!!
Nancy Med­ina
A ingratidão às vezes pode ferir mais que um desprezo, assim como as palavras mais do que cer­tas ati­tudes…
Vini­cius Trom­bini Mar­tins
Gen­tileza gera ingratidão.
Vitor Leyva
A ingratidão mata qual­quer sen­ti­mento sub­lime. Retira o brilho dos olhos e faz o coração chorar
Roberta Miranda
A pes­soa que esquece algo bom, prova que é ingrata.
A pes­soa que esquece algo ruim, prova que é covarde.
A pes­soa que lem­bra das coisas boas ou ruins, está sem­pre crescendo.
André Leonardo Arruda
«Andar no cam­inho da desilusão é afir­mar a Deus, a sua ingratidão«
Cris­tiana Munhao
Quem põe seus esforços a serviço dos ingratos age como quem lança a semente à terra estéril, ou dá con­sel­hos a um morto, ou fala em voz baixa a um surdo.
Ibn Al-​Mukafa
A vida do insen­sato é ingrata, encontra-​se em con­stante agi­tação e está sem­pre dirigida para o futuro.
Epi­curo
Exis­tem três classes de ingratos: os que silen­ciam diante do favor, os que o cobram e os que se vingam.
Mestre Arievlis
Não gaste saliva ten­tando explicar pra quem está deci­dido a não enten­der.
Geo­vani Rodrigues
Insi­s­tir em dar sem rece­ber, é como tomar água em um copo vazio. Você pode até ten­tar fazer que ele está cheio, mas con­tin­uará com sede.
Mima Durães
Um líder jamais pode se calar per­ante a injustiça, a ingratidão ou o desre­speito.
Alfredo Mar­tini Jr.
Dizem que os ingratos per­dem a memória…
Chico Xavier
Pouca restaria a dizer após tanto que já foi dito sobre a ingratidão e os ingratos. Talvez porque nada mais mereça ser dito.
Abdon Mar­inho é advogado.

O MARAN­HÃO DE RIMAS E GAIOLÕES.

Escrito por Abdon Mar­inho

O MARAN­HÃO DE RIMAS E GAIOLÕES.

O ARTIGO sem­anal do ex-​presidente Sar­ney, pub­li­cado na edição deste fim de sem­ana 2122, deste out­ubro escal­dante na ilha do Maran­hão, não tem como pas­sar despercebido.

Per­feito ao denun­ciar a ver­gonha nacional que é a manutenção de pre­sos em condições degradantes, em gaiolões, sem água, local para fazer as neces­si­dades bási­cas, sobre sol inclemente e tem­per­atura de deserto.

Com ver­dade ímpar assenta que “gaiolão não rima com Maranhão”.

Como dis­cor­dar deste tipo de assertiva?

Eu próprio escrevi, ainda no dia do óbito de Fran­cisco Edinei da Silva, que tal trata­mento era incom­patível com os dire­itos bási­cos do cidadão, ferindo de morte os dire­itos humanos e ofend­endo a Con­sti­tu­ição da nação – e todos os trata­dos inter­na­cionais afe­tos ao tema.

E nem tinha con­hec­i­mento que a tal cela de cas­tigo tinha, tam­bém, o propósito de extrair van­ta­gens dos famil­iares dos apri­sion­a­dos, emb­ora tal infor­mação careça de inves­ti­gação e apuração.

O certo, entre­tanto, é que a tal gaiola e tan­tas out­ras, que dizem exi­s­tir, são ofen­si­vas a dig­nidade humana e, todo ser, com um mín­imo de bom senso, dev­e­ria saber disso, quanto mais as autori­dades que pati­naram em expli­cações sem sen­ti­dos ao invés de, sim­ples­mente, admi­tirem o erro e corrigi-​lo.

Primeiro, na ver­são do del­e­gado, a estru­tura era des­ti­nada aos pre­sos em trân­sito (curto período, até ser ouvido pela autori­dade poli­cial), antes de gan­har seu destino.

A segunda ver­são, que seria uma “her­ança maldita” da gestão anterior;

A ter­ceira ver­são, que seria uma “estru­tura» des­ti­nada ao banho de sol dos pre­sos, uma con­quista, por­tanto, uma coisa muito boa – cer­ta­mente as pes­soas estavam muito bem tomando sol na “moleira» o dia inteiro.

Por fim, a ver­são sem palavras e mais sig­ni­fica­tiva: a destru­ição da «estru­tura» – com­pro­vando que era o que se sabia desde sem­pre: uma odi­enta jaula de tortura.

Pois bem, volte­mos ao artigo do ex-​presidente.

Como disse ini­cial­mente, suas con­sid­er­ações são cor­re­tas, entre­tanto padece de vícios intrínsecos ao referir-​se ape­nas à parte da história.

Decerto que o gov­erno comu­nista, do sen­hor Flávio Dino, tem sua parcela de culpa, afi­nal já cam­inha para fim do ter­ceiro ano de mandato e tal (ou tais) «estru­tura» estava lá sendo usada, sem desas­som­bro e com nat­u­ral­i­dade, pelo estado – o que é ter­rível para quem elegeu-​se com o dis­curso de levar o Maran­hão à modernidade.

Defin­i­ti­va­mente, gaiolão de tor­tura não rima com mod­ernidade propal­ada e prometida.

E, emb­ora uma ver­gonha não encubra outra, o ex-​presidente esque­ceu de lem­brar que a dita jaula (acho o nome mais apro­pri­ado) já estava lá no gov­erno de sua filha, e já naquele gov­erno não dev­e­ria rimar com Maranhão.

Do mesmo modo não dev­e­ria rimar os mais de mil assas­si­natos só na região met­ro­pol­i­tana da cap­i­tal ou com pre­sos sendo decap­i­ta­dos em Pedrin­has, como era rotina no gov­erno da sen­hora Roseana Sarney.

Com Maran­hão, aliás, muitas coisas não rimam, nunca rimaram ou rimarão.

Não rimava – e não rima ou rimará – as condições abje­tas de grande parte das residên­cias dos maranhenses;

Não rimava – e não rima ou rimará – a falta de sanea­mento básico, que causam doenças e mortes;

Não rimava – e não rima ou rimará – com a rabeira nos indi­cadores sociais;

Não rimava – e não rima ou rimará – com o patrimonialismo;

Não rimava – e não rima ou rimará – com as ulti­mas posições nos rank­ing da edu­cação e saúde;

Não rimava – e não rima ou rimará – com a mis­éria que obriga nos­sos tra­bal­hadores a se venderem com mão obra escrava no resto do Brasil;

Não rimava – e não rima ou rimará – com as for­tu­nas que são erguidas enquanto seus donos são tit­u­lares de mandatos e/​ou seus apanigua­dos ocu­pam car­gos de mando na admin­is­tração pública;

Não rimava – e não rima ou rimará – com a con­cen­tração da renda nas mãos de uns poucos, enquanto o grosso da pop­u­lação vive de esmo­las, públi­cas e privadas;

Não rimava – e não rima ou rimará – com gov­er­nos de cas­tas, autoritários, incom­pe­tentes, pre­sunçosos e que se acham donos da verdade;

Não rimava – e não rima ou rimará – com a falta de infraestru­tura básica que impede o estado de se desenvolver;

Não rimava – e não rima ou rimará – com abuso de poder e com a vio­lação dos dire­itos humanos;

Mas, talvez, todos os male­fí­cios sejam fru­tos de uma única rima, que não nos afasta da sina e que é o Maran­hão, num aci­dente maldito, rimar com cor­rupção, ingratidão e traição.

Abdon Mar­inho é advogado.