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UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO.

Escrito por Abdon Mar­inho

UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO.

Por esses dias uma man­i­fes­tação dos pro­fes­sores de São Luís par­al­isando o trân­sito na Avenida dos Por­tugue­ses chamou, mais uma vez, a atenção da pop­u­lação para uma greve que já dura quase 80 dias, o que sig­nifica mais de um terço do período letivo anual, com­posto, obri­ga­to­ri­a­mente, por 200 dias. O pior de tudo é que, pela dis­pari­dade entre a pauta apre­sen­tada pelos mestres e as pos­si­bil­i­dades – ao menos pelo infor­mam –, não há chance da greve finda ime­di­ata­mente ou do municí­pio con­seguir, por out­ros meios, prosseguir com o ano letivo.

A per­gunta que prin­ci­pal neste debate é a seguinte: Quem arcará com o pre­juízo que essa greve causa aos estu­dantes? Quem olhe devolverá o tempo per­dido? O con­hec­i­mento que não chegou? Ninguém. Fin­d­ando a greve, cada um encon­trará seu motivo para fes­te­jar e pronto. O pre­juízo das úni­cas víti­mas não será mais pauta de nen­hum dos grupos.

Já falei out­ras vezes sobre o quanto a edu­cação maran­hense e até mesmo brasileira encontra-​se defasada em relação a neces­si­dade dos estu­dantes e o inter­esse do país. São dis­crepân­cias abis­sais, as quais, não parece inco­modar os inter­es­sa­dos, seja pro­fes­sores, seja gestores. O site do sindi­cato dos pro­fes­sores informa que 132 mil estu­dantes estão sem aulas. O poder público con­firma o número? Quan­tos alunos estão, efe­ti­va­mente, fora da sala de aula? Qual o planos de con­tingên­cia para amenizar o pre­juízo que sofrem? Vão, sim­ples­mente, tirar um ano de vida destas cri­anças e fica por isso mesmo?

Sobre a greve, o certo mesmo, é que a cada dia que passa, vai ficando igual ao dito pop­u­lar que diz: “Em casa que falta pão, todos falam e ninguém tem razão”. Aplicável, sobre­tudo, por desprezarem o inter­esse dos maiores interessados.

A greve, desde o primeiro momento, era fácil chegar a um denom­i­nador comum, ape­sar da política do gov­erno fed­eral con­spirar con­tra. Em gestão pública não existe mág­ica, as despe­sas têm que caber den­tro do orça­mento. Os municí­pios têm a obri­gação con­sti­tu­cional de inve­stir 25% (vinte e cinco por cento) do seu orça­mento anual com edu­cação. A primeira per­gunta que se faz é se o municí­pio vem cumprindo esse índice. Cumpre? Ótimo. A segunda inda­gação diz respeito aos recur­sos do FUN­DEB, se o poder público está apli­cando ao menos 60% (sessenta por cento) com o paga­mento dos profis­sion­ais do mag­istério. Está apli­cando? Beleza. Respon­di­das as inda­gações, é ver como e den­tro destes orça­men­tos pos­sível garan­tir mel­ho­ria salariais.

Uma questão que envolva números não é de difí­cil solução.

O municí­pio pre­cisa abrir suas con­tas e provar que vem cumprindo com suas obri­gações, ou seja, mostrar que vem investindo no mín­imo vinte e cinco por cento da receita com edu­cação, que vem investindo ao menos sessenta por cen­tos dos recur­sos do FUN­DEB com o paga­mento dos profis­sion­ais do mag­istério. Estes são os dois parâmet­ros prin­ci­pais. O que pode ter de aumento acima disso, devem caber nos out­ros 40% (quarenta por cento) sem que haja com­pro­me­ti­mento dos cus­tos de manutenção da rede e sua mel­ho­ria. A edu­cação não é feita uni­ca­mente com uma boa remu­ner­ação aos pro­fes­sores – que acho dev­ida –, mas tam­bém com uma infraestru­tura adequada.

Não duvido que a pauta dos pro­fes­sores seja justa. Entre­tanto ela pre­cisa caber den­tro das pos­si­bil­i­dades do municí­pio. E se falta o municí­pio mostrar o que vem fazendo com os recur­sos da edu­cação, cen­tavo por cen­tavo, falta aos mestres a com­preen­são que suas reivin­di­cações pre­cisam ser reais, den­tro do orça­mento da edu­cação, sem invadir os orça­men­tos de out­ras sec­re­tarias e dos inves­ti­men­tos que neces­sita o município.

Se já tivessem feito isso, acred­ito, já teriam chegado a um bom termo ou teria razão para demi­tir os gre­vis­tas já na primeira sem­ana de par­al­isação. É ele­men­tar que não se pode se exi­gir de out­rem além de suas pos­si­bil­i­dades. Todos sabe­mos que é impos­sível se colo­car a Igreja da Sé den­tro da Igreja de Santaninha.

No que­sito edu­cação, quando digo que o gov­erno fed­eral tem sua parcela de respon­s­abil­i­dade pelo caos que vem se insta­lando, faço pelos seguintes motivos. O gov­erno fed­eral empurrou goela abaixo e sem plane­ja­mento prévio a chamada Lei do Piso, com isso a maio­ria dos pro­fes­sores pas­saram a tra­bal­har ape­nas 13 horas sem­anais, como con­se­quên­cia, mais pro­fes­sores tiveram ou pre­cisam ser con­trata­dos. Além disso elevou o valor do piso-​salarial. Acon­tece que a receita per­maneceu a mesma, e, o pior, ao longo dos anos, a política de des­on­er­ação tem empo­bre­cido os municí­pios brasileiros. Os municí­pios, prin­ci­pal­mente, do nordeste que tem como prin­ci­pal receita, os recur­sos do FPM, não con­seguem cumprir com suas obrigações.

Os pro­fes­sores recla­mam o cumpri­mento do estatuto do mag­istério e da lei do piso; cobram condições de tra­balho; infraestru­tura esco­las. Como disse, estão cer­tos. Acon­tece que tudo isso tem que caber den­tro do orça­mento da edu­cação que é de 25% (vinte cinco por cento) da receita. Estatuto, Lei do Piso, condições de tra­balho, esco­las decentes, tudo isso e mais políti­cas ino­vado­ras – pois a edu­cação parou no século XIX, sem a qual­i­dade daquela época –, pre­cisam ser com­pat­i­bi­liza­dos com os recur­sos disponíveis.

Outra coisa a se obser­var é que a maio­ria dos estatu­tos do mag­istério criou diver­sas e van­ta­gens e pro­gressões que somadas à lei do piso e à redução da carga-​horária tornaram deficitárias as receitas da edu­cação, sobre­tudo com a diminuição dos recur­sos do FUN­DEB no ano de 2013. Não tem conta que feche. Basta con­hecer matemática.

Vou além, quem se pre­cip­i­tou em con­ceder os aumen­tos exigi­dos pela cat­e­go­ria terá difi­cul­dades para cumprir tanto a lei do piso quanto seus estatu­tos, inclu­sive, difi­cul­dades para pagar os salários até o fim do ano.

Os municí­pios já têm suas receitas quase todas com­pro­meti­das, são vinte e cinco por cento para edu­cação; quinze por cento para a saúde, só para citar as prin­ci­pais. Têm ainda que des­ti­nar recur­sos para Assistên­cia Social, estru­tura urbana, limpeza pública, etc. Isso numa receita que só se reduz a cada ano. E, sem con­tar a série de con­tra­partidas e com­pro­mis­sos assum­i­dos por conta dos pro­gra­mas cri­a­dos pelo gov­erno federal.

O certo é que os gestores públi­cos pre­cisam ser capazes de admin­is­trar com orça­men­tos reduzi­dos, cor­tar despe­sas desnecessárias, demi­tir servi­dores que não tra­bal­ham, mel­ho­rar a malha de arrecadação. Se não forem capazes de tomar essas medi­das pas­sarão seus mandatos admin­is­trando crises e, pior que isso, sem realizar coisa alguma para as comu­nidades administradas.

Um dos prin­ci­pais prob­le­mas que enfrenta­mos hoje é que as admin­is­trações se acos­tu­maram a realizar pouca coisa com muito recurso. Basta com­parar uma obra pública com uma obra pri­vada, a pública custa muito mais e a qual­i­dade passa de duvi­dosa. Quando tem que admin­is­trar com pouco recurso, não con­seguem fazer nada. Um outro prob­lema dos atu­ais gestores é essa difi­cul­dade de admin­is­trar com transparên­cia, a grande maio­ria parece não querer mostrar o que arrecadou e com o que gas­tou os recur­sos públi­cos, com o nosso din­heiro. Imag­ine que você tem um ger­ente na sua loja e ele não sabe ou não quer dizer quanto apurou e como gas­tou o apu­rado. Com certeza você o demi­tiria ime­di­ata­mente. Na gestão pública os nos­sos \«ger­entes\» abusam do dire­ito de faz­erem isso e não lhes acon­tece nada.

Voltando ao drama das cri­anças sem aula na cap­i­tal, cabe a admin­is­tração ser trans­par­ente na gestão dos recur­sos da edu­cação, mostrando inclu­sive para a sociedade, tudo que entra e para onde saí – a nota da prefeitura “(tudo bem que é para tele­visão) não passa de genérica –, se ainda assim os pro­fes­sores não retornarem as aulas, ado­tar as medi­das cabíveis.

É fato que ninguém está sat­is­feito com o seu salário (prin­ci­pal­mente se o viz­inho ganha mais), porém, se você, fazendo tudo que pode, não con­segue pagar mais, a solução é procu­rar o empre­gado que con­corde em rece­ber o que você pode pagar, respei­tando as bal­izas legais. É sim­ples. O que não temos como aceitar é essa falta de ati­tude, esse impasse per­verso que prej­u­dica os úni­cos que têm razão na história, os estudantes.

Quando fes­te­jam o dia do estu­dante em 11 de agosto, há que se inda­gar: O que fes­te­jam mesmo?

Abdon Mar­inho é advogado.

BAIXARIA E REIS PACHECO.

Escrito por Abdon Mar­inho

BAIXARIA E REIS PACHECO.

Um assunto parece dom­i­nar a pauta da cam­panha eleitoral do Maran­hão. Por onde se anda só se ouve falar em baixaria. Os próprios can­didatos denun­ciam uns aos out­ros como autores das baixarias con­tra si, seus famil­iares e suas cam­panha. Cada um apon­tando para o adver­sário, den­tro do roteiro, como se era de esperar. Como a pop­u­lação ainda não demon­strou muito inter­esse pela cam­panha, só toma con­hec­i­mento que está havendo a tal baixaria, pelas “víti­mas”, que só infor­mam que estão sendo ata­ca­dos sem pas­sar ao eleitor que “baixaria” foi essa. Isso me faz lem­brar que em tem­pos pretéri­tos um jor­nal da cidade era dono de fazer essas coisas, respon­der a uma acusação por vias atrav­es­sadas, sem dizer ao que estava respon­dendo. Com relação a baixaria na cam­panha, acon­tece o mesmo, todos se dizem víti­mas. Mas se há víti­mas em todos os lados, os autores estão, tam­bém, de todos os lados e os pro­tag­o­nistas das cam­pan­has pare­cem não perce­ber ou não querem agir para impedir. Deviam fazer algo.

Certa disso tudo é que a pop­u­lação, que até agora está recebendo os can­didatos com certa frieza e indifer­ença, talvez passé a ignorá-​los por com­pleto, trans­for­mando o já visível desin­ter­esse, em oposição ao pleito, um mero cumpri­mento de tabela.

A baixaria não é novi­dade, nem no Maran­hão nem noutros lugares, ape­sar disso, soa estranho o que vem acon­te­cendo nos dias atu­ais pois esta­mos falando de uma eleição para o gov­erno do Estado. Não se trata de uma eleição de asso­ci­ação, sindi­cato ou ainda de um municí­pio per­dido nos cafundós. Os can­didatos, tam­pouco, são capi­aus ou nés­cios, muito pelo con­trário, são pes­soas instruí­das, se não me falha a memória, todos pos­suem curso supe­rior – até mais de um –, são pro­fes­sores, inclu­sive uni­ver­sitários, ocu­pam ou ocu­param car­gos rel­e­vantes, juiz, senador, todos bem nasci­dos, com edu­cação vinda do berço, como bem dizia a minha velha e querida pro­fes­sora Mar­garida, nos meus bons tem­pos de primário.

Diante de tudo isso, me parece incom­preen­sível que a cam­panha eleitoral – festa maior da democ­ra­cia –, seja tomada por um clima de guerra, com insul­tos, com ataques pes­soais à honra e às famílias dos postulantes.

Não digo com isso que se deva igno­rar o pas­sado dos can­didatos. Pelo con­trário, as con­tradições de cada um, a (in)competência e (in)consistência para cargo, o que já fiz­eram ou deixaram de fazer, seja na gestão de negó­cios públi­cos, seja na gestão de negó­cios pri­va­dos, é matéria de inter­esse cole­tivo. A pop­u­lação tem o dire­ito de ser lem­brada ou relem­brada sobre os fatos e episó­dios desde que ver­dadeiros. Isso não ofende a democ­ra­cia, pelo con­trário, a for­t­alece. Quem se propõe a entrar numa dis­puta eleitoral deve está preparado para ser con­frontado com sua história de vida, os atos que já prati­cou, suas comis­sões e omis­sões. O peso de cada uma é decisão que per­tence ao eleitor. Se o cidadão/​eleitor, esclare­cido sobre a história dos can­didatos, ainda assim o escolhe, esse prob­lema é dele e a con­se­quên­cia tam­bém, paciên­cia. Esse é um dire­ito do eleitor. O dire­ito de errar.

O direto de ser infor­mado sobre os can­didatos cam­inha junto com o dire­ito de con­hecer as pro­postas deles para o cargo que dis­putam. Como cada um pre­tende fazer o que prom­ete e que capaci­dade pos­sui para fazer o prometido.

É necessário que se esta­beleça o divi­sor do que é esclarec­i­mento, do que é explo­rar os pon­tos fra­cos dos can­didatos do que seja baixaria, o ataque de ordem pes­soal, que em nada inter­feriria na função que exerce­ria o cidadão na even­tu­al­i­dade de ser eleito, o ataque a sua vida pes­soal ou a vida de seus familiares.

Outro dia alguém disse que as baixarias de hoje em muito se assemel­ham ao caso “Reis Pacheco”. Um exagero. Nestes anos todos em que acom­panho a política maran­hense poucos episó­dios se assemel­ham aquele caso ocor­rido nas eleições de 1994, em gravi­dade e em pes­soas envolvidas.

O caso “Reis Pacheco” se deu às vésperas das eleições há 20 anos. Trata-​se, ao menos até onde lem­bro, da maior farsa já mon­tada na política. Os adver­sários do hoje senador Cafeteira cri­aram um roteiro para lhe atribuir um crime de homicí­dio, para isso não relu­taram em come­ter uma série de crimes, começando pela fal­si­fi­cação de doc­u­mento público para criar um per­son­agem fic­tí­cio, um falso irmão do suposto morto, chamado Anacreto Reis Pacheco. Esse falso irmão denun­ciou no STF que o senador Cafeteira teria man­dado matar seu irmão, no crime definido como denun­ci­ação caluniosa.

Como tudo começou? Em sua col­una sem­anal, se não me falha a memória, no domingo, 6 de novem­bro, o senador Sar­ney tra­tou de dis­sem­i­nar a patranha. No artigo “Liber­dade e Reis Pacheco”, \«plan­tava\» a história que o senador Cafeteira teria man­dado matar o cidadão Raimundo Reis Pacheco, fun­cionário da CVRD, que, num aci­dente de trân­sito, teria matado seu sogro, o con­sel­heiro Hilton Rodrigues. Já na segunda-​feira, 07, a história gan­hava o mundo, entre­vis­tas em TV na região tocan­tina, pan­fle­tos, etc. Aos oposi­cionistas restava – nos dias que fal­tava para a eleição –, desmon­tar a farsa. Os dep­uta­dos Ader­son Lago e Juarez Medeiros (can­didato a vice-​governador) con­seguiram localizar a mãe do suposto morto, que ques­tion­ada, infor­mou jamais ter parido um filho com o nome do denun­ciante ao STF. Em seguida, localizaram o “morto\» no Amapá que gravou um depoi­mento dizendo que a história do crime jamais exi­s­tira, que ele estava vivo e em boa saúde. O pro­grama eleitoral que dev­e­ria des­mas­carar a farsa não chegou a ser exibido em 40% (quarenta por cento) do Estado.

A pré­cisão da ação demon­strou uma artic­u­lação com pré­cisão cronome­trada. Dia 6, o senador divul­gou a men­tira; dia 7 a noti­cia foi difun­dida por todo o estado; dia 8 o falso irmão do falso morto bate às por­tas do judiciário.

No Maran­hão, naque­les idos, não havia inter­net, celu­lares e todos os demais meios que exis­tem hoje. A comu­ni­cação era feita só por tele­fone fixo, onde havia, rádio e TV.

O resul­tado da eleição, den­tre out­ros motivos, foi alter­ado por essa farsa, acred­ito na história política do Brasil, pouca coisa se aprox­i­mou disso em matéria de baixaria. Imag­ine a ousa­dia dos autores em fal­si­ficar doc­u­mento público, con­sti­tuir um advo­gado e levar uma falsa denún­cia a instân­cia máx­ima da justiça, con­tra o senador da República. Essa sim, uma baixaria para ninguém botar defeito.

Nos anais da Assem­bleia Leg­isla­tiva con­sta o dis­curso do ex-​deputado Juarez Medeiros em que ele narra todo o episó­dio ocor­rido, foi seu penúl­timo dis­curso como par­la­men­tar. Nele uma clara exposição de todos os crime que se comete para con­quis­tar o poder. O título escol­hido para o dis­curso foi: “Sar­ney é mar­ginal”. No dia que foi pro­ferido Assem­bleia Leg­isla­tiva, maior­i­tari­a­mente gov­ernista, calou-​se para escutá-​lo no grande expe­di­ente, durante todo o tempo, nen­hum aparte, nen­huma con­tes­tação ao que era dito. Ninguém pos­suía um mísero argu­mento con­tra os fatos articulados.

O episó­dio con­hecido como “Reis Pacheco” fez a história do Maran­hão ser mod­i­fi­cada – para o bem ou mal – pela baixaria per­pe­trada naquela eleição. A farsa e out­ros fatos mais, tiraram a vitória de Cafeteira. Muitos anos depois, soube que a ape­sar de tudo que fiz­eram, aquela eleição ainda foi ven­cida pela oposição, que gan­hou mas não levou. A liber­dade – slo­gan da cam­panha oposi­cionista –, perdeu para a fraude e a farsa. Não duvido façam algo semel­hante nesta eleição, cabe a sociedade repu­diar, de forma vee­mente, a fraude, o engodo ou a men­tira, impedindo que, mais uma vez, se mod­i­fique a von­tade popular.

Se cabe a sociedade ficar vig­i­lante quanto aos abu­sos per­pe­tra­dos, ven­ham eles de onde vierem, cabe aos can­didatos não per­mi­tirem que suas cam­pan­has per­cam o norte das pro­postas e do con­venci­mento leal aos eleitores.

Abdon Mar­inho é advogado.

GUERRA ELEITORALONDE ESTÃO OS ELEITORES.

Escrito por Abdon Mar­inho

Abrangên­cia

Municí­pio

Qt

%

MA

AÇAILÂN­DIA

74 765

1,662

AFONSO CUNHA

5 552

0,123

ÁGUA DOCE DO MARANHÃO

10 438

0,232

ALCÂN­TARA

16 645

0,37

ALDEIAS ALTAS

16 790

0,373

ALTAMIRA DO MARANHÃO

5 243

0,117

ALTO ALE­GRE DO MARANHÃO

15 518

0,345

ALTO ALE­GRE DO PINDARÉ

20 528

0,456

ALTO PAR­NAÍBA

7 542

0,168

AMAPÁ DO MARANHÃO

4 839

0,108

AMA­RANTE DO MARANHÃO

24 022

0,534

ANA­JATUBA

19 078

0,424

ANA­PU­RUS

11 287

0,251

APICUM-​AÇU

10 177

0,226

ARAGUANÃ

7 190

0,16

ARAIOSES

30 904

0,687

ARAME

20 388

0,453

ARARI

21 535

0,479

AXIXÁ

9 395

0,209

BACA­BAL

66 503

1,479

BACABEIRA

11 897

0,265

BACURI

13 147

0,292

BACU­RITUBA

5 310

0,118

BAL­SAS

55 154

1,226

BARÃO DE GRAJAÚ

13 256

0,295

BARRA DO CORDA

48 657

1,082

BAR­REIR­IN­HAS

38 903

0,865

BELA VISTA DO MARANHÃO

8 825

0,196

BELÁGUA

5 161

0,115

BENED­ITO LEITE

3 659

0,081

BEQUIMÃO

15 878

0,353

BERNARDO DO MEARIM

4 863

0,108

BOA VISTA DO GURUPI

4 976

0,111

BOM JARDIM

26 387

0,587

BOM JESUS DAS SELVAS

16 328

0,363

BOM LUGAR

10 292

0,229

BREJO

23 603

0,525

BREJO DE AREIA

6 629

0,147

BURITI

19 757

0,439

BURITI BRAVO

16 424

0,365

BURITIC­UPU

39 783

0,885

BURI­TI­RANA

9 711

0,216

CACHOEIRA GRANDE

7 005

0,156

CAJAPIÓ

7 976

0,177

CAJARI

12 650

0,281

CAMPESTRE DO MARANHÃO

9 496

0,211

CÂN­DIDO MENDES

14 239

0,317

CAN­TAN­HEDE

12 288

0,273

CAP­IN­ZAL DO NORTE

8 145

0,181

CAR­OLINA

17 150

0,381

CARU­TA­PERA

15 660

0,348

CAX­IAS

107 732

2,395

CEDRAL

8 106

0,18

CEN­TRAL DO MARANHÃO

6 512

0,145

CEN­TRO DO GUILHERME

6 400

0,142

CEN­TRO NOVO DO MARANHÃO

9 548

0,212

CHA­PAD­INHA

51 239

1,139

CIDELÂN­DIA

9 772

0,217

CODÓ

81 143

1,804

COELHO NETO

34 740

0,772

COL­I­NAS

26 812

0,596

CON­CEIÇÃO DO LAGO-​AÇU

9 866

0,219

COROATÁ

45 501

1,012

CURU­RUPU

24 333

0,541

DAVINÓPO­LIS

10 039

0,223

DOM PEDRO

17 643

0,392

DUQUE BACE­LAR

8 877

0,197

ESPER­AN­TI­NÓPO­LIS

13 963

0,31

ESTRE­ITO

21 592

0,48

FEIRA NOVA DO MARANHÃO

5 979

0,133

FER­NANDO FALCÃO

5 841

0,13

FOR­MOSA DA SERRA NEGRA

11 425

0,254

FOR­T­ALEZA DOS NOGUEIRAS

9 355

0,208

FOR­TUNA

11 876

0,264

GOD­OFREDO VIANA

6 986

0,155

GONÇALVES DIAS

12 067

0,268

GOV­ER­NADOR ARCHER

7 764

0,173

GOV­ER­NADOR EDI­SON LOBÃO

11 901

0,265

GOV­ER­NADOR EUGÊNIO BARROS

11 233

0,25

GOV­ER­NADOR LUIZ ROCHA

6 016

0,134

GOV­ER­NADOR NEW­TON BELLO

7 694

0,171

GOV­ER­NADOR NUNES FREIRE

16 106

0,358

GRAÇA ARANHA

5 562

0,124

GRA­JAÚ

42 925

0,954

GUIMARÃES

10 214

0,227

HUM­BERTO DE CAMPOS

20 168

0,448

ICATU

19 747

0,439

IGARAPÉ DO MEIO

10 164

0,226

IGARAPÉ GRANDE

7 932

0,176

IMPER­A­TRIZ

164 503

3,658

ITAIPAVA DO GRAJAÚ

9 483

0,211

ITAPECURU MIRIM

41 310

0,919

ITINGA DO MARANHÃO

16 803

0,374

JATOBÁ

5 853

0,13

JENI­PAPO DOS VIEIRAS

9 070

0,202

JOÃO LIS­BOA

19 810

0,44

JOSELÂN­DIA

11 817

0,263

JUNCO DO MARANHÃO

4 612

0,103

LAGO DA PEDRA

34 024

0,757

LAGO DO JUNCO

7 939

0,177

LAGO DOS RODRIGUES

7 320

0,163

LAGO VERDE

11 536

0,257

LAGOA DO MATO

7 837

0,174

LAGOA GRANDE DO MARANHÃO

8 184

0,182

LAJEADO NOVO

5 887

0,131

LIMA CAM­POS

9 416

0,209

LORETO

8 060

0,179

LUÍS DOMINGUES

5 430

0,121

MAG­A­L­HÃES DE ALMEIDA

12 125

0,27

MARA­CAÇUMÉ

13 005

0,289

MARAJÁ DO SENA

6 396

0,142

MARAN­HÃOZ­INHO

6 817

0,152

MATA ROMA

12 472

0,277

MAT­INHA

18 036

0,401

MATÕES

23 656

0,526

MATÕES DO NORTE

6 984

0,155

MILA­GRES DO MARANHÃO

5 151

0,115

MIRADOR

14 637

0,325

MIRANDA DO NORTE

14 150

0,315

MIR­IN­ZAL

10 851

0,241

MONÇÃO

19 868

0,442

MONTES ALTOS

7 357

0,164

MOR­ROS

13 401

0,298

NINA RODRIGUES

8 720

0,194

NOVA COL­I­NAS

4 150

0,092

NOVA IORQUE

3 196

0,071

NOVA OLINDA DO MARANHÃO

12 179

0,271

OLHO D\“ÁGUA DAS CUNHÃS

14 074

0,313

OLINDA NOVA DO MARANHÃO

9 363

0,208

PAÇO DO LUMIAR

52 922

1,177

PALMEIRÂN­DIA

15 844

0,352

PARAIBANO

15 011

0,334

PARNARAMA

25 200

0,56

PAS­SAGEM FRANCA

12 583

0,28

PAS­TOS BONS

11 209

0,249

PAULINO NEVES

12 169

0,271

PAULO RAMOS

15 074

0,335

PEDREIRAS

29 973

0,666

PEDRO DO ROSÁRIO

15 912

0,354

PENALVA

25 273

0,562

PERI MIRIM

10 847

0,241

PER­I­TORÓ

15 722

0,35

PINDARÉ-​MIRIM

23 529

0,523

PIN­HEIRO

54 985

1,223

PIO XII

19 142

0,426

PIRAPE­MAS

12 232

0,272

POÇÃO DE PEDRAS

15 789

0,351

PORTO FRANCO

16 620

0,37

PORTO RICO DO MARANHÃO

6 287

0,14

PRES­I­DENTE DUTRA

31 257

0,695

PRES­I­DENTE JUSCELINO

8 732

0,194

PRES­I­DENTE MÉDICI

4 993

0,111

PRES­I­DENTE SARNEY

12 943

0,288

PRES­I­DENTE VARGAS

9 247

0,206

PRIMEIRA CRUZ

9 499

0,211

RAPOSA

15 488

0,344

RIACHÃO

14 340

0,319

RIBA­MAR FIQUENE

6 404

0,142

ROSÁRIO

29 057

0,646

SAM­BAÍBA

4 910

0,109

SANTA FILOM­ENA DO MARANHÃO

5 233

0,116

SANTA HELENA

23 253

0,517

SANTA INÊS

57 413

1,277

SANTA LUZIA

46 612

1,036

SANTA LUZIA DO PARUÁ

15 872

0,353

SANTA QUITÉRIA DO MARANHÃO

19 944

0,443

SANTA RITA

21 866

0,486

SAN­TANA DO MARANHÃO

7 174

0,16

SANTO AMARO DO MARANHÃO

8 496

0,189

SANTO ANTÔNIO DOS LOPES

11 730

0,261

SÃO BENED­ITO DO RIO PRETO

12 974

0,288

SÃO BENTO

27 398

0,609

SÃO BERNARDO

20 030

0,445

SÃO DOMIN­GOS DO AZEITÃO

4 678

0,104

SÃO DOMIN­GOS DO MARANHÃO

26 614

0,592

SÃO FÉLIX DE BALSAS

3 833

0,085

SÃO FRAN­CISCO DO BREJÃO

6 738

0,15

SÃO FRAN­CISCO DO MARANHÃO

9 112

0,203

SÃO JOÃO BATISTA

17 146

0,381

SÃO JOÃO DO CARÚ

9 686

0,215

SÃO JOÃO DO PARAÍSO

8 255

0,184

SÃO JOÃO DO SOTER

11 200

0,249

SÃO JOÃO DOS PATOS

19 297

0,429

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR

80 943

1,8

SÃO JOSÉ DOS BASÍLIOS

6 823

0,152

SÃO LUÍS

619 682

13,779

SÃO LUÍS GON­ZAGA DO MARANHÃO

18 350

0,408

SÃO MATEUS DO MARANHÃO

29 205

0,649

SÃO PEDRO DA ÁGUA BRANCA

8 447

0,188

SÃO PEDRO DOS CRENTES

3 640

0,081

SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS

13 653

0,304

SÃO RAIMUNDO DO DOCA BEZERRA

4 852

0,108

SÃO ROBERTO

4 186

0,093

SÃO VICENTE FERRER

14 311

0,318

SAT­UBINHA

5 334

0,119

SENADOR ALEXAN­DRE COSTA

6 944

0,154

SENADOR LA ROCQUE

13 543

0,301

SER­RANO DO MARANHÃO

7 642

0,17

SÍTIO NOVO

12 981

0,289

SUCU­PIRA DO NORTE

8 364

0,186

SUCU­PIRA DO RIACHÃO

4 232

0,094

TASSO FRAGOSO

6 075

0,135

TIM­BI­RAS

14 951

0,332

TIMON

107 676

2,394

TRIZIDELA DO VALE

13 834

0,308

TUFILÂN­DIA

6 233

0,139

TUN­TUM

27 960

0,622

TURI­AÇU

25 472

0,566

TURILÂN­DIA

13 703

0,305

TUTÓIA

37 289

0,829

URBANO SAN­TOS

18 291

0,407

VARGEM GRANDE

29 730

0,661

VIANA

35 796

0,796

VILA NOVA DOS MARTÍRIOS

6 719

0,149

VITÓRIA DO MEARIM

24 943

0,555

VITORINO FREIRE

23 512

0,523

DOCA

32 470

0,722

Subto­tal

4 497 336

Total Geral

4 497 336