AbdonMarinho - RSS

4934 Irv­ing Place
Pond, MO 63040

+1 (555) 456 3890
info@​company.​com

E ASSIM, AVA­CAL­HAM O BRASIL.

Escrito por Web­mas­ter

E ASSIM, AVA­CAL­HAM O BRASIL.
O livreiro, con­hecido de lon­gas datas, pas­sou no escritório na intenção de vender-​me uns livros. No meio da con­versa diz: – Dr., ava­cal­haram o Brasil. Não lem­bro de ter visto, em toda minha vida, um clima de desmor­al­iza­ção maior que esse que esta­mos vivendo. Acho que no resto do mundo as pes­soas devem pen­sar que somos uma piada. O sen­hor viu essa do juiz passear no carro do Eike Batista? Como é que pode isso, doutor?
Entre tan­tas notí­cias ruins nos últi­mos dias – dólar nas alturas, mais um rebaix­a­m­ento da Petro­bras, os ban­di­dos vesti­dos de mocin­hos chamando para briga –, a cena mais enig­mática, foi, sem dúvi­das, a do juiz dirigindo o veículo que man­dara apreen­der do empresário Eike Batista. A cena rep­re­sen­tou, com lou­vor, a crise ética pela qual passa o país. Nen­huma des­culpa, por mais verossímil que seja, será capaz de des­fazer a imagem do absurdo e amainar a man­cha que ficou no Poder Judi­ciário. O mag­istrado pilotando o veículo sin­te­ti­zou no imag­inário pop­u­lar a famosa frase “batom na cueca”, para a qual não há des­culpa plausível. Sobre ela, aliás, tenho um amigo, que meu cos­tuma dizer: – Abdon, fora batom na cueca, o resto eu jus­ti­fico tudo. O batom na cueca é aquilo para qual não temos des­cul­pas. O juiz no veículo do réu, o piano na casa do amigo, é o batom na cueca do judi­ciário. Ou, como cos­tumo dizer, a piada pronta.
Emb­ora “ava­cal­hado» o Brasil, tem uma van­tagem: somos capazes de rimos e fazer humor com nos­sas próprias des­graças. E, enquanto todos está­va­mos, ainda, incré­du­los com a ousa­dia do mag­istrado (eu, no primeiro momento, cheguei a pen­sar que fosse men­tira, alguma armação da defesa do réu), os humoris­tas se far­tavam em pro­duzir charges e piadas sobre o fato. Apare­ceu de tudo: charge do juiz dirigindo o carro e dizendo que estava con­duzindo os “autos do processo”, o juiz vestido com roupas ínti­mas da ex-​esposa do réu e até mesmo usando uma coleira com o nome do empresário, que quando usada pela atriz Luma de Oliveira (a ex-​esposa), num dos car­navais da vida, acred­ito que há quase vinte anos, gerou uma polêmica sem fim na mídia e nos segui­men­tos fem­i­nistas.
O gesto do juiz, impen­sado, tolo, infan­til ou do que quer que queiram chamar, até fez alguns pen­sarem que o cidadão Eike Batista é uma inocente vítima da situ­ação, um pobre coitado, o que não é ver­dade. Ao longo dos anos esse cidadão vendeu ilusões e destruiu o patrimônio de muitas pes­soas. Na eminên­cia de que­brar pas­sou a se des­fazer dos bens, sendo público e notório que fez doação de gor­das fatias do patrimônio aos fil­hos e, segundo dizem, a out­ras pes­soas do seu cír­culo íntimo. Está, por­tanto, muito longe de ser inocente de alguma coisa, na ver­dade, muito se aprox­ima de um esper­tal­hão, que com emprés­ti­mos gen­erosos de ban­cos públi­cos, infor­mações priv­i­le­giadas dos cor­rup­tos que lhe davam guar­ida e sem qual­quer escrúpulo, fez for­tuna e enganou a todos, com a falsa ideia de que era um gênio dos negó­cios.
A tra­pal­hada do juiz não retira dele a condição proces­sual em que se colo­cou, devendo o Poder Judi­ciário, ficar atento para não servir de inocente útil ao empresário e sua defesa, per­dendo de vista tudo que come­teu em sua meteórica e curta car­reira nos negó­cios. Os pre­juí­zos cau­sa­dos, têm as autori­dades, o dever de bus­car a reparação, já que não tiveram ou foram omis­sos no dever de vig­ilân­cia. Não é porque um juiz não resis­tiu à ten­tação da osten­tação, que devem ser esque­ci­dos, os supos­tos crimes ou fraudes. Vou além, a cor­rege­do­ria que afas­tou o juiz do caso, antes de anu­lar todos os atos prat­i­ca­dos pelo mag­istrado tra­pal­hão, dev­e­ria era nomear um ou dois juízes para exam­i­nar os os mes­mos, e só aí, anu­lar, os que por­ven­tura, este­jam eiva­dos de vícios, con­va­l­i­dando os que estiverem cor­re­tos e moti­va­dos.
Entendo que é o inter­esse da sociedade, da econo­mia pop­u­lar que devam ser preser­va­dos. Não é pos­sível que se jogue fora tudo que foi feito até aqui, seja a inves­ti­gação, seja o processo em si. Alguém se dá conta de quanto custa movi­men­tar a máquina pública para inves­ti­gar e proces­sar alguém? Claro que não. Tudo é lançado nos ombros do infe­liz con­tribuinte.
Diante de fatos com o pro­tag­on­i­zado por este juiz, meu pai, com sua sabedo­ria de anal­fa­beto diria: – é um povo que não se dar o respeito, meu filho. É ver­dade, trata-​se de um povo que não pos­sui mais o respeito próprio, que não respeita os demais cole­gas (quan­tos jus­tos não pagarão pela vaidade deste juiz?), ou a insti­tu­ição que serve e que a todos dev­e­ria impor respeito.
Entre­tanto, tam­bém estas insti­tu­ições não são víti­mas. São anos e anos fazendo vis­tas grossas, fazendo imperar o cor­po­ra­tivismo, acober­tando os “malfeitos”, os vícios. Por conta disso, país inteiro está assim, neste clima de ava­cal­hação, nesta des­or­dem per­ma­nente.
No car­naval, num raro momento em que vi as notí­cia li sobre um entrevero de juiz estad­ual maran­hense com um ofi­cial da PMMA. A notí­cia bizarra dava conta que o ofi­cial com o dedo em riste para o mag­istrado o “man­dava” reti­rar dois trios-​elétricos que colo­cara para tocar numa cidade do inte­rior.
Não acred­itei na noti­cia logo que vi. Juro. Pen­sei que fosse erro ou se tratava de árbi­tro de fute­bol. Lem­bro que li a manchete e pen­sei: que p… é essa?
Primeiro: desde quando juiz de dire­ito é pro­moter de even­tos? Qual a razão para está provendo bailes car­navale­scos?
Segundo: o ofi­cial da polí­cia mil­i­tar estava em serviço? cumprindo ordens de qual autori­dade? Estava impondo sua autori­dade pela força bruta ou das armas?
Pelo li e pude con­cluir, tudo estava errado neste fato. Tudo fora de ordem. Ainda assim, não tomei con­hec­i­mento de nen­hum esclarec­i­mento das cor­rege­do­rias. Seja do TJMA, seja da PMMA ou da Sec­re­taria de Segu­rança. Todo mundo silen­ciou como o fato não tivesse exis­tido. Como se con­du­tas assim não não com­pro­m­etessem o bom nome das insti­tu­ições, como se os mem­bros estivessem, nos momen­tos de fol­gas, livres para fazer o que lhes viesse a cabeça.
Ninguém, nem as asso­ci­ações de classe, apare­ce­ram para se man­i­fes­tar sobre o fato. Nem para dizer que esse ou aquele estava certo ou errado. O que seria difí­cil, pois razão, a qual­quer dos lados pas­sou foi longe.
A imensa capaci­dade de pro­duzir escân­da­los não fica ape­nas neste tipo de coisa. Outro dia li, num jor­nal de grande cir­cu­lação, que em deter­mi­nadas causas judi­ci­ais exis­tem ver­dadeiros leilões, pas­sando a ter razão que ofer­e­cer a mel­hor pro­posta aos mer­cadores de decisões. A notí­cia dada, até citando caso con­creto, não sofreu qual­quer embargo ou ques­tion­a­mento. Ficou o dito pelo não dito.
Como ninguém diz nada. Impera o mutismo é como se estivessem livres para con­tin­uar e a per­pet­uar os erros. Uma licença para con­tin­uarem a ava­cal­har o país. Mais ainda.
Abdon Mar­inho é advo­gado.
(A ilus­tração foi col­hida da internet).

TODOS QUEREM SER RICOS.

Escrito por Web­mas­ter

TODOS QUEREM SER RICOS.
Um amigo me con­tava que quando jovem e seu pai era prefeito num municí­pio do inte­rior tin­ham um servi­dor mod­elo. Exer­cia seu mis­ter com tanta hon­esti­dade e zelo que era motivo de admi­ração por todos os demais. Tão cioso, que respon­sável pela arrecadação e finanças da urbe, se algum con­tribuinte, por algum motivo, deix­ava qual­quer troco, esse numerário ficava gram­peado e arquiv­ado a espera do dono por anos a fio na tesouraria.
Emb­ora o caso nar­rado acima seja de um servi­dor com uma ded­i­cação ao serviço público bem acima da média, o seu com­por­ta­mento, ainda que em menor escala, era obser­vado por inúmeros out­ros servi­dores.
O serviço público era mel­hor. Tín­hamos pes­soas voca­cionadas para servir ao Estado, que sen­tiam orgulho nisso e que se pro­gra­mavam para viver den­tro dos venci­men­tos que rece­biam, sem sen­tirem qual­quer ver­gonha ou con­strang­i­mento em levar uma vida mod­esta, ética e hon­esta.
Faço essa reflexão, em parte, diante de todo esse escân­dalo envol­vendo servi­dores da Petro­bras e o serviço público de maneira geral. Outro dia um servi­dor daquela empresa, no curso de um acordo com a justiça, se propôs a devolver quase US$ 100 mil­hões de dólares. Foi além, disse que começara a rece­ber van­ta­gens das empre­sas presta­do­ras de serviços à Petro­bras ainda no longín­quo ano de 1997. É até provável que já recebesse antes disso. É até provável que alcance vá muito além do que se propôs a devolver. O mesmo se apli­cando a muitos dos seus cole­gas de dire­to­ria.
Como sabe­mos, os exec­u­tivos da empresa estão entre os mais bem pagos do mundo. São salários ele­va­dos, bônus de desem­penho de fazer inveja aos seus con­gêneres da ini­cia­tiva pri­vada e por aí vai. Em resumo, não have­ria moti­vação para, deixando de defender os inter­esses da empresa, dos seus acionistas minoritários e do gov­erno, na condição de acionista majoritário, se valerem da cor­rupção para turbina­rem, ainda mais, seus venci­men­tos.
Leia o texto com­pleto no nosso site www​.abdon​mar​inho​.com

A DIPLO­MA­CIA DO VEXAME.

Escrito por Web­mas­ter

A DIPLO­MA­CIA DO VEX­AME.
A cada notí­cia de hor­ror que nos chega do Ori­ente Médio aumenta o meu sen­ti­mento de ver­gonha com o mod­elo de diplo­ma­cia brasileira dos últi­mos anos. A ver­gonha só não é maior porque já sei que ninguém nos leva mais a sério entre os países civ­i­liza­dos.
A última notí­cia con­fir­mada foi a decap­i­tação de 21 (vinte e um) cristãos cop­tas egíp­cios feitos reféns pelo Estado Islâmico na Síria. O Egito infor­mou já ter ini­ci­ado o bom­bardeio de alvos do grupo terrorista em represália à decap­i­tação cole­tiva dos seus cidadãos. A imagem de pes­soas sendo dego­ladas, por si já ja rev­ela o desapreço e o nível de bar­bárie e insanidade que norteiam as ações do grupo. Mais grave, quando sabe­mos que a exibição das cenas hor­ren­das têm o propósito de con­frontar o mundo civ­i­lizado e de servir de mate­r­ial de pro­pa­ganda para atrair, entre os desajus­ta­dos da sociedade, adep­tos para a sua “causa”.
Antes desta exibição de bar­bárie, a cena mais hor­rip­i­lante, até então, deste mesmo grupo, foi a imo­lação de um piloto jor­da­ni­ano ocor­rida a cerca de vinte dias antes desta última exibição de cru­el­dade. Um amigo me mostrou as ima­gens que chegaram ao seu celu­lar, e as exibiu, con­tra a minha von­tade, na sala onde estava. A cada dia se superam na capaci­dade de fazer o mal. Já se fala em mais 45 i(quarenta e cinco) iraquianos queima­dos vivos e em dezenas de cri­anças feitas pri­sioneiras com o mesmo propósito.
A estes últi­mos episó­dios devem ser acresci­dos os estupros cole­tivos, a matança de comu­nidades inteiras, a expul­são de tan­tas out­ras de suas comu­nidades, o mas­sacre de mul­heres, cri­anças e idosos.
Haverão de per­gun­tar o que o Brasil tem a ver com isso? Pois bem, a ver­gonha que nos faz pas­sar a diplo­ma­cia brasileira decorre da sim­pa­tia que nutre o nosso gov­erno por tudo que é grupo ter­ror­ista exis­tente no mundo. Ao Estado Islâmico a sim­pa­tia é mais recente mas já fez estra­gos.
Leia o texto com­pleto no nosso site www​.abdon​mar​inho​.com