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UM PAÍS EM BUSCA DE HERÓIS.

Escrito por Web­mas­ter

UM PAÍS EM BUSCA DE HERÓIS.
Um inex­pres­sivo ex-​governador (chega a ser redun­dante) viveu seu momento de glória por esses dias, chegando, os mais afoitos, a apontá-​lo como um futuro can­didato a pres­i­dente da República na eleição 2018. Nas redes soci­ais e em alguns blogues pul­u­laram as noti­ci­ais sobre o mesmo. O menor dos elo­gios dizia era que era um “cabra macho”, cora­joso, destemido, capaz de enfrentar a horda de acha­cadores homiziada no Con­gresso Nacional.
O único feito do novo herói nacional foi vocalizar aquilo que a maio­ria das pes­soas pen­sam sobre os nos­sos par­la­mentares, este­jam eles no Con­gresso Nacional, nas assem­bleias leg­isla­ti­vas, nas câmara munic­i­pais, que são cor­rup­tos, que sugam as riquezas nacionais sem nada darem em troca, que são par­a­sitas, que gan­ham muito e tra­bal­ham pouco, nas palavras do ex-​governador e ex-​ministro: acha­cadores.
Foi o sufi­ciente para gan­har auréola de herói e pon­tif­icar no pan­teão da República como o cav­aleiro solitário des­ti­nado a sal­var o país das gar­ras e bicos das aves de rap­ina.
Não vejo essas coisas sem inda­gar que país é esse? O novo herói nacional é o mesmo que na condição de gov­er­nador se far­tou nas mor­do­mias num estado, que aos olhos da nação, sem­pre apare­ceu como dos mais pobres. Entre as afrontas e aten­ta­dos à decên­cia, pro­tag­o­ni­zou um feliz pas­seio com a sogra para o exte­rior em jat­inho pago com din­heiro público e a con­tratação, por mais R$ 600 mil, da can­tora Ivete San­galo para a inau­gu­ração de um hos­pi­tal (que sequer estava pronto na cidade de Sobral, uma espé­cie de cur­ral eleitoral do clã Gomes).
Estes desati­nos e tan­tos out­ros que são denun­ci­a­dos dia a após dia no Ceará, acon­te­ce­ram faz pouco tempo, não são fatos do século pas­sado em que os pro­tag­o­nistas podem ter se regen­er­a­dos. Dizem que qual­quer um é capaz de mudar para mel­hor. Tendo visto o que já vi, chego a duvi­dar de cer­tas regen­er­ações. Mas vamos em frente.
Antes de ser demi­tido – emb­ora seja pre­maturo avaliar uma pasta em pouco mais de setenta dias – a gestão do “nosso herói» à frente do Min­istério da Edu­cação enfrentava uma serie de ques­tion­a­men­tos. A nação, apel­i­dada de “Pátria Edu­cadora” pela pres­i­dente, sone­gava o finan­cia­mento estu­dan­til, negava repasses às uni­ver­si­dades, deix­ava ao aban­dono mil­hares de bol­sis­tas. Repito ser impos­sível perquirir o que viria acon­te­cer na gestão que não acon­te­ceu, mas não dev­e­ria ficar muito longe do que fez no Ceará, nesta área.
O Brasil é um país com um povo car­ente de heróis, talvez uma forma de man­ter a esper­ança, acred­i­tando que este ou aquele poderão fazer algo pelo povo. Neste afã acabam por come­ter toda sorte de equívo­cos.
Quan­tos não são os que acred­i­tavam e ainda acred­i­tam que o Sr. Lula é um herói nacional? Ele mesmo, o artí­fice da maio­ria dos males que atrav­essa o país, o patrono da insti­tu­cional­iza­ção da cor­rupção e do apar­el­hamento do Estado.
Não faz muito tempo assis­ti­mos dezenas de pes­soas bradarem aos gri­tos: «Dirceu herói do povo brasileiro!” Este é um dos fatos mais curiosos da história dos heróis brasileiros pois a turba pro­fe­ria as palavras-​de-​ordem enquanto o “herói» era con­duzido para prisão para onde foi man­dado pela mais ele­vada Corte de Justiça do Brasil, o Supremo Tri­bunal Fed­eral, por crime de cor­rupção, no até então, maior escân­dalo de cor­rupção que se tinha notí­cia. Não bas­tasse os bradares, ainda fiz­eram uma «vaquinha» para ajuda-​lo pagar as mul­tas a que foi con­de­nado. Uma lin­deza: cidadãos, suposta­mente, “do povo”, fazendo vaguinha para aju­dar o herói-​corrupto.
No atual escân­dalo, apel­i­dado de «petrolão» e que faz o ante­rior pare­cer brin­cadeira de cri­ança, o herói Dirceu tam­bém aparece como ben­efi­ciário do esquema cor­rupto, inclu­sive tendo rece­bido por “con­sul­to­rias” durante o curto período em que foi hós­pede do Estado no presí­dio da Papuda.
Pois é, o Sr. Dirceu é tão efi­ciente que até enquanto estava preso prestava con­sul­to­ria para as empre­sas inter­es­sadas em aliviar a estatal brasileira de parte dos seus recur­sos. É, ver­dadeira­mente, um semi­deus.
Não faz muito tempo, o herói nacional era o empresário Eike Batista, rico, bem nascido (como se dizia), bil­ionário, arguto, arro­jado. O que dizia era a lei no mundo dos negó­cios, até livro ensi­nando o seg­redo do sucesso virou campeão de ven­das. Como a real­i­dade existe para acabar com os son­hos (prin­ci­pal­mente os fal­sos), os brasileiros fomos chama­dos para razão e pudemos con­statar que tudo em torno do mito era feito de ilusão e sub­sidi­ado com o din­heiro de diver­sos cidadãos, uns que entraram no seus negó­cios con­fiando no sucesso que lhes foi ven­dido e out­ros, indi­re­ta­mente, através dos emprés­ti­mos para lá de gen­erosos dos ban­cos públi­cos. Isso sem falar no din­heiro dos fun­dos pen­sões dos servi­dores públi­cos que acabaram sendo drena­dos para as aven­turas do Sr. Batista. O herói não se sus­ten­tou, os pés de barro, ruíram diante de todos e o país foi apre­sen­tado a uma nova cat­e­go­ria de bil­ionário, o bil­ionário neg­a­tivo, que vem ser aquele que deve bil­hões.
Na der­ro­cada do Sr. Batista, um outro herói surgiu. O juiz-​justiceiro que o colo­cou no ban­cos dos réus, blo­queou e con­fis­cou bens para garan­tir um mín­imo de ressarci­mento as suas víti­mas.
No ápice do seu momento de fama o juiz-​justiceiro con­cedeu entre­vis­tas a diver­sos noti­ciosos, apare­ceu em jor­nais e revis­tas. Dias depois o que era herói acabou por se rev­e­lar um vilão. Ven­cido pela vaidade foi fla­grado dirigindo o veículo que man­dara apreen­der e que, junto com out­ros, estavam guarda­dos em sua casa, um piano cedido aos cuida­dos de um viz­inho. Por fim, o mais grave, a con­fis­são, segundo o Min­istério Público, que juiz, entre despa­chos e sen­tenças, aliviara os cofres da Justiça em mais de um mil­hão de reais.
Sem­pre tive difi­cul­dades com heróis, prin­ci­pal­mente os de carne e osso. Prefe­ria os dos quadrin­hos, dos desen­hos. Sem­pre achei exces­sivo que fos­sem trata­dos com gênios da raça, os que ape­nas cumprem o seu dever e que são pagos por isso. Fui edu­cado sabendo que hon­esti­dade não é favor, é dever. Que não somos hon­estos para que os out­ros vejam e digam: «– fulano é hon­esto!» E sim para nós mes­mos.
Estes que alardeiam suas próprias qual­i­dades são os primeiros a não resi­s­tirem a um olhar mais acu­rado sobre si.
A vida é assim desde sem­pre. Os livros estão rec­hea­dos de fal­sos heróis, a história foi escrita pelos vence­dores, pelos mais fortes, pelos mais san­guinários, lá con­stam ape­nas suas ver­sões.
O Brasil pre­cisa acabar com essa mania de endeusar pes­soas, de bus­car fal­sos líderes e de trans­ferir a eles a razão dos seus fra­cas­sos e suces­sos.
Nós, cidadãos comuns, con­scientes de nos­sas respon­s­abil­i­dades e dos nos­sos deveres, podemos e deve­mos ser os sen­hores dos nos­sos des­ti­nos.
Ah! Alguém mais próx­imo dos acon­tec­i­men­tos, nar­rou em algum texto, que a «cor­agem» do ex-​ministro da edu­cação (em que pese a ver­dade do que disse), foi moti­vada pelo anseio de prestar um serviço à pres­i­dente. Imag­i­nava, numa torta avali­ação das coisas, que a pres­i­dente o man­te­ria no cargo por sua “cor­agem» de enfrentar os dep­uta­dos, acha­cadores ou não. A pres­i­dente fez umas con­tas ráp­i­das, preferiu ceder aos ape­los dos par­la­mentares demitindo o min­istro.
Na visão de alguns, o país pode até ter ganho um novo herói, mas a pasta da edu­cação, acred­ito, não perdeu muita coisa.
Abdon Marino é advogado.

O BRASIL REEN­CON­TRA AS RUAS.

Escrito por Web­mas­ter

O BRASIL REEN­CON­TRA AS RUAS.
O grande acon­tec­i­mento dos últi­mos anos no Brasil foi o reen­con­tro do povo brasileiro com as ruas, ocor­rido em 15 de março. Pou­cas vezes o Brasil foi às ruas com tanto sen­ti­mento. Acred­ito, se não falha a memória, que a última vez que tive­mos man­i­fes­tações tão sig­ni­fica­ti­vas foi em 1984, no movi­mento das «Dire­tas já!», na eleição de Tan­credo Neves, em janeiro de 1985, no movi­mento pelo impeach­ment de Col­lor, em 1992. Em 2013 o povo foi às ruas com uma pauta semel­hante a exper­i­men­tada no 15 de março.
No meu ponto de vista as man­i­fes­tações de 15 de março, se aprox­ima muito mais das ocor­ri­das há 30(trinta) anos que as out­ras ocor­ri­das desde então. Como aquela, a causa desta última tinha uma ban­deira semel­hante: o povo quer o país de volta. Só isso. Quer­e­mos que os cor­rup­tos que se insta­laram nos palá­cios do gov­erno, do Con­gresso Nacional e da Justiça, devolvam o nosso país.
Em 1984, o grito das ruas era pelo encer­ra­mento do cír­culo mil­i­tar, pelo retorno da democ­ra­cia, pelo dire­ito de votar livre­mente. A causa atual é o fim da cor­rupção, do apar­el­hamento do Estado.
O povo brasileiro foi as ruas, vol­un­tari­a­mente, enver­gando suas camisas verde/​amarelas, azul e bran­cas, para dizer que não é admis­sível que se pague tan­tos impos­tos e que os mes­mos sejam desvi­a­dos para os esper­tal­hões, enquanto não se tem estradas de qual­i­dade, edu­cação, saúde e out­ros dire­itos bási­cos. O Brasil pos­sui uma das mais ele­vadas car­gas trib­u­tarias do mundo, cada cidadão tra­balha quase seis meses todo ano só para pagá-​los, por outro lado temos baixos índices de desen­volvi­mento. Pro­du­tos que com­pramos no nosso pais custa muitas das vezes o dobro, senão o triplo, o quadru­plo do que custa noutros países.
Leia o texto com­pleto no nosso site www​.abdon​mar​inho​.com

MAR DE LAMA.

Escrito por Web­mas­ter

MAR DE LAMA.
Alguém pre­cisa pedir uma trégua ao gov­erno. O tra­bal­hador brasileiro não con­segue proces­sar tan­tos escân­da­los simul­tane­a­mente.
Ontem, no jor­nal da Band, ficamos sabendo que o pro­grama «mais médi­cos», visava, antes de aten­der as neces­si­dades dos pacientes brasileiros, socor­rer finan­ceira­mente o gov­erno cubano. O valor do paga­mento, que sem­pre dis­seram ser assunto interno, foi definido, segundo o noti­cioso, por brasileiros;
No JN foi a vez de saber­mos que o governo trans­for­mou a Petro­bras numa rodovia, uma BR, onde os inter­es­sa­dos tin­ham que pagar diver­sos pedá­gios, con­forme a dire­to­ria;
Con­fir­mado tam­bém que as chamadas doações de cam­panha feitas pelas empre­sas ao par­tido do gov­erno era a legal­iza­ção da velha con­hecida propina. Era assim, os emis­sários que­riam rece­ber a propina man­davam deposi­tar na conta do par­tido e TSE chancelava.
O pior de tudo isso é que diante de todos os escân­da­los o que ouvi­mos falar é o seguinte: se o PETROLÃO é uma grande roubal­heira, exper­i­mente mexer no BNDES, na CEF, nos fun­dos de pen­são.
A pres­i­dente falou em trégua. Quem pre­cisa de trégua é o Brasil: parem de roubar!