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GREVE DE FOME E PENA DE MORTE.

Escrito por Abdon Mar­inho

GREVE DE FOME E PENA DE MORTE.

E A GREVE TER­CE­I­RIZADA dos com­pan­heiros do ex-​presidente Lula? Pois é, brasileiro não cansa de inven­tar, como diz um sobrinho meu, dev­e­ria ser estu­dado pela NASA.

Agora inven­taram uma greve de fome para pres­sionar o Judi­ciário brasileiro a mudar o seu entendi­mento sobre a con­de­nação em segunda instân­cia e soltar o ex-​presidente Lula, con­de­nado a doze anos e um mês de cana por cor­rupção pas­siva e lavagem de dinheiro.

Como o ex-​presidente e seus prin­ci­pais aux­il­iares tem pavor de perderem os con­forto de uma boa mesa, enten­deram de “ter­ce­i­rizar” a tal greve de fome.

Pois bem, uma greve de fome que se leve a sério, num país que leve a sério terá como con­se­quên­cia a morte dos pen­i­tentes, pois impen­sável acred­i­tar que a mais ele­vada instân­cia da justiça brasileira ceda à esse tipo de chan­tagem barata. Logo, se os “ter­ce­i­riza­dos” forem cumprir mesmo o que prom­e­teram já podem encomen­dar o serviço fúne­bre.

A polêmica greve de fome ter­ce­i­rizada ainda encerra outra situ­ação. Pelo que li, o “gre­vis­tas” estão fazendo seu “man­i­festo” den­tro das dependên­cias da Igreja Católica, um cen­tro que aloja os inte­grantes em man­i­fes­tações pela cap­i­tal, etc.

E qual o prob­lema disso? Ora, o Papa Fran­cisco acaba de mudar o Cate­cismo para con­denar a pena de morte. Segundo o novo cânone da Igreja Católica, a pena cap­i­tal em qual­quer cir­cun­stân­cia é inad­mis­sível.

Assim, temos, em última análise, um segui­mento da igreja dando guar­ida a uma greve de fome, que pode levar à morte no mesmo momento em que o Papa Fran­cisco repu­dia a pena de morte.

ROTOS E ESFARRAPADOS.

Escrito por Abdon Mar­inho

ROTOS E ESFARRAPADOS.

NÃO duvido que a pos­tura do can­didato Bol­sonaro é mere­ce­dora das mais ásperas críti­cas, entre­tanto, existe uma que seus detra­tores, prin­ci­pal­mente de esquerda, não têm legit­im­i­dade em fazê-​la. Refiro-​me à crit­ica sobre a sua falta de preparo para gov­ernar o Brasil. É certo que ele tem se rev­e­lado, nos debates que tem par­tic­i­pado, entre­vis­tas e sabati­nas, abso­lu­ta­mente inca­paz, já tendo deix­ado claro, que pelo menos na área econômica, a sua eleição implica na eleição do seu econ­o­mista, mas quem votou em Dilma Rouss­eff, com seu meio neurônio dan­i­fi­cado e ainda hoje a defende, não tem legit­im­i­dade para criticar a falta de preparo de ninguém.

Ainda hoje é motivo de cha­cota os céle­bres dis­cur­sos das sen­hora que fazia questão de ser chamada de pres­i­denta.

Outra coisa que me parece fora de tom é a crítica ao fato do can­didato ser ardoroso sim­pa­ti­zante do Régime Mil­i­tar instau­rado no Brasil no período com­preen­dido entre 1964 e 1985, inclu­sive, defend­endo pes­soas, com­pro­vada­mente, torturadoras.

Entendo fora de tom porque a grande maio­ria dos seus críti­cos (por conta disso) ainda hoje defen­dem as ditaduras mais tene­brosas, tanto as do pas­sado como a URSS, quanto às que per­du­ram até hoje, como a cubana, a venezue­lana, a norte-​coreana, o régime san­din­ista, e tan­tos outros.

Estes regimes, só para reg­istro, cei­faram – e ceifam –, infini­ta­mente mais vidas humanas que a ditadura brasileira.

Tenho para mim que todos os regimes de exceção são igual­mente mere­ce­dores da repulsa e do ódio dos cidadãos de bem.

A EXCELÊN­CIA SE FOI.

Escrito por Abdon Mar­inho

A EXCELÊN­CIA SE FOI.

–– BOM DIA, Excelência!

Assim, com uma forte e incon­fundível voz de barítono, o nobre Dr. João Dam­a­s­ceno me sau­dava sem­pre que me avis­tava ou nas vezes que pas­sava no meu escritório para tro­car uma ou outra impressão sobre alguma situ­ação do dire­ito ou da polit­ica.

Suas palavras ainda ressoavam em meus ouvi­dos quando soube do seu desa­parec­i­mento e pos­te­rior pas­sa­mento.

Uma grande tris­teza para seus ami­gos, como eu, famil­iares e para toda a advo­ca­cia maran­hense.

O Dr. Dam­a­s­ceno, como nós o chamá­va­mos, era um dos mais prepara­dos advo­ga­dos crim­i­nal­is­tas, um pro­fundo con­hece­dor da história, da filosofia e um ser humano extra­ordinário.

O seu pas­sa­mento pre­maturo abre um enorme vazio na advo­ca­cia do estado.

Digo com largo pesar que a excelên­cia se foi.