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SOBRE LARANJA E JABÁ.

Escrito por Abdon Mar­inho

SOBRE LARANJA E JABÁ.

Jabá na gíria das ruas sig­nifica gor­jeta, din­heiro, sub­orno. Tornou-​se ao longo dos anos, no jor­nal­ismo, o que era uma renda indi­reta tão comum que veio a, prati­ca­mente, tornar-​se a prin­ci­pal renda de muitos que vivem do ofí­cio de escr­ever, sobre­tudo, nos dias atu­ais onde cada e qual­quer cidadão tem a facil­i­dade de pos­suir um canal indi­vid­ual de comu­ni­cação, onde, livre­mente, expõe suas ideias e verdades.

No Maran­hão não são poucos os que vivem deste ofí­cio. Uns de forma digna, hon­esta, out­ros – e não são poucos –, da chan­tagem. Vendendo, como os vendil­hões, tudo a todos, desde que remu­ner­a­dos para tal.

O que a primeira vista seria algo saudável – pou­cas coisas são tão salutares à democ­ra­cia quanto a livre cir­cu­lação de pen­sa­mento e ideias –, ganha outro sen­tido quando a livre man­i­fes­tação de pen­sa­mento e análise é encomen­dada por pes­soas com inter­esse nas mes­mas que as compram.

A imprensa do Maran­hão está repleta disso.

Quase todos blogueiros, jor­nal­is­tas ou escribas, que não raro que­bram a ponta do lápis ao assi­nar o nome – para usar uma expressão do saudoso amigo Wal­ter Rodrigues –, são sub­sidi­a­dos por dep­uta­dos, prefeitos, vereadores, recebem, dire­ta­mente, ou por inter­postas pes­soas, sinecuras do poder público e até do setor pri­vado para expor deter­mi­nadas ideias, venderem deter­mi­na­dos pro­du­tos, inclu­sive candidaturas.

Não são ape­nas jor­nal­is­tas, com ou sem aspas, são, ver­dadeira­mente, asses­sores de comu­ni­cação, gan­ham para venderem pro­du­tos. E gan­ham bem para isso, frise-​se. O jor­nal­ismo sério deixou de exi­s­tir para ceder lugar as pau­tas de inter­esses pes­soais e de grupos.

Esta é uma con­statação não uma recrim­i­nação. Cada um tem o dire­ito de defender o seu ganha pão desde que de forma hon­esta, assim como têm o dever de esclare­cer isso aos seus leitores o móvel de suas pautas.

Mais do que os fatos que dev­e­riam relatar, análises que dev­e­riam pro­duzir, preocupam-​se com as van­ta­gens que auferem no fim do mês e quan­tas mais auferirão no futuro.

Laranja, além do cítrico fruto da laran­jeira, tem sido o termo usado no mundo político para des­ig­nar uma pes­soa que se coloca na dis­puta para servir de linha aux­il­iar de outra, muitas das vezes, para fazer o serviço sujo de descon­strução de deter­mi­nada can­di­datura, em proveito alheio, de outro candidato.

Assim como jor­nal­is­tas que se movem pelo jabá que recebem, tam­bém são muitos os laran­jas da política. Bons jor­nal­is­tas, jor­nal­is­tas ver­dadeiros, os que assim mere­cem ser chama­dos, sabem dis­tin­guir uns dos outros.

Já os asses­sores de imprensa não. Para eles e para quem os sub­sidiam, qual­quer político que seja do seu lado ou não reze na sua car­tilha ou os pague, é laranja de alguém.

Nos dias 29 e 30 de agosto par­ticipei do con­gresso do Par­tido Social­ista Brasileiro — PSB, par­tido ao qual sou fil­i­ado há 25 anos, desde 1990.

Abro um parên­tese para assen­tar que o par­tido no Maran­hão foi orga­ni­zado por lid­er­anças como Juarez Medeiros, ex-​deputado estad­ual, Con­ceição Andrade, ex-​deputada estad­ual e prefeita de São Luís, José Car­los Sabóia, ex-​deputado fed­eral, Domin­gos Paz, ex-​deputado, ex-​presidente da FETAEMA e cen­te­nas de out­ros líderes do campo e da cidade lig­a­dos as causas dos dire­itos humanos e dos tra­bal­hadores, prin­ci­pal­mente dos camponeses.

Como nunca vivi às cus­tas de política – exceto pelos qua­tro anos que fui asses­sor de Juarez na Assem­bleia e alguns meses na prefeitura de São Luís – e pela neces­si­dade de gan­har meu próprio sus­tento, afastei-​me da mil­itân­cia partidária.

Ano pas­sado fui escol­hido, sem saber, para um cargo na exec­u­tiva estad­ual. Numa das reuniões da exec­u­tiva eu e out­ras lid­er­anças defend­emos a neces­si­dade do par­tido apre­sen­tar um nome para candidatar-​se a prefeito da cap­i­tal, con­forme ampla­mente divul­gado nos meios de comu­ni­cação, na opor­tu­nidade foi deci­dido que colocá­va­mos os car­gos ocu­pa­dos na admin­is­tração munic­i­pal à dis­posição do prefeito. Fecho o parêntese.

No con­gresso os segui­men­tos orga­ni­za­dos do par­tido, seus del­e­ga­dos e mil­i­tantes defend­eram a pro­posta da can­di­datura própria a prefeito da cap­i­tal – que é aliás, uma decisão nacional – indi­cando o nome do dep­utado estad­ual e secretário de estado Bira do Pin­daré. O senador Roberto Rocha, na condição de pres­i­dente da comis­são pro­visória do par­tido na cap­i­tal disse que acol­hia aquela indi­cação é que tam­bém se colo­cava à dis­posição do par­tido como pré-​candidato.

Tudo nor­mal e den­tro das regras democráticas.

As quase duas pes­soas pre­sentes no encon­tro que aplaudi­ram ou vaiaram uma e outra proposição não estavam par­tic­i­pando de uma farsa.

Pois bem, bas­tou esse pré-​lançamento da can­di­datura do dep­utado Bira do Pin­daré para que alguns asses­sores de comu­ni­cação e não jor­nal­is­tas, pas­sas­sem a dizer que a can­di­datura posta era de um «laranja» que serviria aos propósi­tos de aju­dar ao atual prefeito.

Vemos que tal opinião não cor­re­sponde a um jor­nal­ismo sério.

Emb­ora não seja um espe­cial­ista em política, acho que dos nomes pos­tos para a dis­puta, poucos chegam perto da história política do can­didato socialista.

O dep­utado Bira do Pin­daré (emb­ora do Pin­daré) reside na cap­i­tal do estado desde os cinco anos de idade, con­hece como bem poucos os prob­le­mas da cidade.

E, con­hece as difi­cul­dades do povo, não de estatís­ti­cas, de pesquisa ou de ouvir dizer, mas porque durante quase toda sua vida os viveu, morou na per­ife­ria, pegou os cole­tivos lota­dos, estu­dou na rede pública de ensino, usou os serviços de saúde ofer­e­ci­dos aos cidadãos de baixa renda, pade­ceu de toda a falta de atenção dis­pen­sada pelo poder público aos cidadãos.

Lem­bro que desde cheguei à ilha em 1985, há trinta anos, por­tanto, ouço falar de Bira do Pin­daré, do movi­mento estu­dan­til, do movi­mento sindi­cal, do exer­cí­cio de mandatos, das lutas em defesa dos tra­bal­hadores. São trinta anos, só os que conto.

Não vejo no cenário político, com todo o respeito aos demais pos­tu­lantes, ninguém com maior respaldo e história de vida e política para pleit­ear a honra de con­duzir os des­ti­nos do municí­pio que o pré-​candidato socialista.

Trata-​se de uma can­di­datura – caso se con­firme – que falará dire­ta­mente ao coração dos cidadãos pois con­hece cada um dos prob­le­mas que assom­bra a cap­i­tal. Trata-​se de alguém com história, cor e cheiro de povo, por isso mesmo, capaz de catal­isar uma gama de apoios.

Não enx­ergo nen­hum outro com maior poten­cial de crescimento.

Falar que uma can­di­datura dessas é «laranja» é não enx­er­gar o quadro político como ele se apre­senta, não ver, por exem­plo, que os demais com­peti­dores só têm a diminuir seus per­centu­ais quando começarem os con­fron­tos de ideias, de história, do que cada um fez e onde esteve ao longo dos anos.

Talvez a visão de cer­tos anal­is­tas esteja des­fo­cada pelo brilho das moedas.

Mas não se veem não é por não quer­erem e sim por não poderem.

Abdon Mar­inho é advogado.

UM GOV­ERNO DE TOLOS.

Escrito por Abdon Mar­inho

UM GOV­ERNO DE TOLOS.

Pois é, leio aqui que o gov­erno fed­eral desis­tiu de sal­var o Brasil. Após a reper­cussão neg­a­tiva da classe política, empresária e da sociedade de maneira geral, não vai mais criar a Con­tribuição Pro­visória sobre Movi­men­tação Finan­ceira, a tal da CPMF.

Ora, mas não foi esse mesmo gov­erno que disse um dia antes que esta era a única solução para debe­lar a crise que viven­ci­amos? Não é mais? Já têm outra solução ou esta­mos todos con­de­na­dos à des­graça eterna?

Este pequeno episó­dio, esse disse me disse, mostra o quanto este gov­erno da pres­i­dente Dilma Rouss­eff e do Par­tido dos Tra­bal­hadores – PT, está por fora da real­i­dade das ruas. Impres­siona como, em menos de um ano (con­tando da última eleição), con­seguiram falar uma lín­gua tão difer­ente da lín­gua do povo brasileiro.

Será que com tan­tos gênios pagos pelo povo, não surgiu nen­hum para dizer à pres­i­dente que era total­mente absurda a ideia de aumen­tar impos­tos no atual momento de crise? Será que ninguém a avi­sou que a chance da sociedade apoiar um despautério deste eram nulas? Será que nen­hum dos artic­u­ladores da pres­i­dente a avi­sou das difi­cul­dades que teriam em fazer aprovar o retorno do imposto?

O que fez a equipe do gov­erno pen­sar que um imposto já rejeitado em tem­pos mais favoráveis seria agora aprovado quando o gov­erno sofre der­ro­tas até em pro­postas que, teori­ca­mente, são menos polêmi­cas e recep­ti­vas pela sociedade, logo agora em que o apoio ao gov­erno chega perto de zero? Será que pen­sou em «con­vencer» o Con­gresso Nacional por out­ros meios? Talvez usando as mes­mas práti­cas já famosas no men­salão e, agora no petrolão.

Ficamos com a impressão que esta­mos lidando com malu­cos. O gov­erno não tem respaldo para aprovar nada. Não pos­sui capaci­dade de unificar sua própria base. A sociedade inteira é contra.

Ainda assim, insiste em abusar da paciên­cia do povo.

O gov­erno não sabe o que é, nem o que quer, por isso mesmo, bate cabeça e comete um equívoco atrás do outro.

Vejamos outra situação.

Ano pas­sado, após a macha dos prefeitos, o gov­erno prom­e­teu repas­sar aos municí­pios um bil­hão de reais. Uma parcela em julho de 2015 e outra em 2016.

A maio­ria dos municí­pios con­tavam esse recurso para ten­tar colo­car em dia ao menos as con­tas mais emer­gen­ci­ais. O gov­erno não só não repas­sou como não deu nen­huma expli­cação. Sim­ples­mente ficou o dito pelo não dito. Talvez os gestores munic­i­pais enten­dessem a falta do repasse por conta da crise que o país atrav­essa. Enten­de­riam se no mesmo momento em que não cumpre o acer­tado com mais de cinco mil municí­pios, não fizessem um repasse de meio bil­hão para o paga­men­tos de emen­tas dos quase seis­cen­tos par­la­mentares. Será que as emen­das dos par­la­mentares neste momento de crise aguda são mais impor­tantes ou mais neces­si­ta­dos que os quase seis mil municí­pios que sofrem, com ninguém, a grave crise que atrav­es­samos? Cer­ta­mente que não. Na ver­dade o gov­erno, sem plano e sem rumo, insiste na política do toma lá dá cá, em fazer do gov­erno um bal­cão de negó­cios. Vem daí a ideia de jerico de, após infor­mar o paga­mento das emen­das de suas excelên­cias, ven­ti­lar a cri­ação de mais um imposto. E logo este já rejeitado por toda a sociedade.

As ações do gov­erno não fazem quais­quer sen­tido. Pior, as ati­tudes ata­bal­hoadas acabam por agravar, ainda mais a situ­ação de inse­gu­rança e insta­bil­i­dade política.

O que sinal­iza um gov­erno que, ainda no princí­pio, des­diz à noite o que pela manhã? Que é inca­paz de cumprir as promes­sas mais cor­riqueiras? Respondo: nada.

O gov­erno da pres­i­dente Dilma Rouss­eff acabou, tanto isso é ver­dade que o Sr. Lula já colo­cou seu bloco na rua e se lançou can­didato à sucessão da mesma. Os três anos que fal­tam serão de san­gria de um gov­erno zumbi. Não vejo outra solução que não seja a renún­cia em nome e pelo bem do Brasil.

Abdon Mar­inho é advogado.

QUAL­QUER UM NÃO SERVE.

Escrito por Abdon Mar­inho

QUAL­QUER UM NÃO SERVE.

Logo mais, no começo de out­ubro, começará a ser definido o quadro eleitoral para 2016. Como os pre­ten­sos can­didatos devem com­pro­var fil­i­ação aos par­tidos políti­cos e o domi­cilio eleitoral um ano antes da eleição, saber­e­mos, ao menos em tese, os que poderão dis­putar – e por qual par­tido –, os pleitos.

Digo em tese porque, se no Brasil até o pas­sado pode ser mudado, o pre­sente e o futuro, sequer deve­mos dis­cu­tir. Estes mes­mos é podem sofrer alterações.

No maluco quadro eleitoral maran­hense muitas ainda serão as rasteiras e golpes a serem engen­dra­dos, inclu­sive com o apoio de insti­tu­ições como a justiça – que terá um papel de destaque (para o bem e para mal) –, nas próx­i­mas eleições.

Neste momento de definições me assalta uma inda­gação: será que o episó­dio de Bom Jardim, tão ampla­mente divul­gado, servirá de lição para os eleitores? Será que moti­vará os eleitores a escol­her mel­hor? Será que con­vencerá da certeza cristalina de que qual­quer um não serve? Que o voto incon­sciente ou em troca de um favorec­i­mento pes­soal, tem con­se­quên­cias desas­trosas por qua­tro ou oito anos?

Alguns ami­gos, com quem fiz essas reflexões, foram pessimistas.

A larga maio­ria tril­hou no cam­inho de que nada mudará e que os eleitores con­tin­uarão votando sem pen­sar nas con­se­quên­cias do voto e que, imagina-​se, a grande parte deles, irá as urnas no ano que vem pen­sando mais em si, no que poderá “lucrar” indi­vid­ual­mente, em detri­mento dos inter­esses cole­tivos. Um ainda disse que se a gestora de Bom Jardim pos­suir condições de dis­putar é capaz de ganhar.

Estarão cer­tos o que assim pen­sam? Será que, ape­sar do escárnio, do deboche, da osten­tação de cer­tos gestores (não ape­nas esta que ocupa a mídia no momento), os eleitores não se con­vence­ram de que qual­quer um não serve?

Emb­ora seja um otimista por natureza, o que vejo, tam­bém, cam­inha no rumo do pessimismo.

Falei outro dia do bal­cão de negó­cios que se tornou os par­tidos políti­cos – com diri­gentes decidindo que este ou aquele poderá ou não ser can­didato, desde que com­pre a vaga. Muitas são as denún­cias neste sentido.

Noutra quadra – tam­bém já falei disso inúmeras vezes –, se ouve dizer que a política no Maran­hão está com­pleta e irre­me­di­avel­mente lig­ada aos agio­tas. Já neste momento, são estes cidadãos, que crescem e sobre­vivem desde ofi­cio e que as autori­dades poli­ci­ais e judi­cia­rias fin­gem não exi­s­tir, que estão ban­cando as com­pras de leg­en­das, não ape­nas para garan­tir as can­di­dat­uras dos seus, mas, sobre­tudo, para impedir que os adver­sários dos seus pro­te­gi­dos disputem.

Repito: Dizem que o grande lance do momento na política do Maran­hão não é a velha dis­puta com abuso do poder econômico ou politico, com­pra de voto e out­ras maze­las. Viram que sai mais barato impedir que os adver­sários disputem.

A dura real­i­dade – assim nos chegam diver­sas infor­mações –, é que está em curso o «seque­stro» do estado, através do poder politico local, por estes agentes do crime. Estes que desde já, pas­sam a custear as despe­sas e a inve­stir em pre­ten­sos can­didatos, para, a par­tir de 2017, pas­sarem a dom­i­nar os recurso públi­cos nos municípios.

O modus operandi é este que os veícu­los de comu­ni­cação estão exaus­tos de mostrar: lic­i­tações absur­das, obras não real­izadas, sim­u­lação de entrega de mer­cado­rias e serviços.

Os gestores, emb­ora par­ticipes, arrisco dizer, são ape­nas um elo na cor­rente crim­i­nosa. Muitos, por ingenuidade ou tolice, entram neste tipo de aven­tura e quando se dão conta, não con­seguem mais se afas­tar, não pos­suem condições finan­ceiras ou físi­cas de romper, pois coloca em risco a própria vida ou a de seus famil­iares. Cos­tumo dize que estes des­on­estos são os piores tipos de ladrões – roubam, gan­ham fama de ladrões, muitos respon­dem a proces­sos, são con­de­na­dos, ficam com nome sujo e devendo o que não pos­suem – em favor dos out­ros, dos agi­tas, dos picare­tas que ban­caram suas eleições.

Se anal­is­ar­mos o quadro politico no nosso estado ire­mos con­statar que a cada pleito o quadro de rep­re­sen­tantes vai ficando pior. Se esta­mos com uma pés­sima safra de políti­cos ruins, dep­uta­dos, prefeitos, etc., podem apos­tar sem medo de perder que os suces­sores serão piores. Com as ressal­vas e exceções de sem­pre, claro. Faço esta análise há mais de trinta anos, é o que vejo.

Tal situ­ação, ali­ada ao medo de serem con­fun­di­dos, faz com que as pes­soas de bem se afastem da política, fujam do exer­cí­cio de qual­quer mandato.

Com isso, a cada dia se cristal­iza o sen­ti­mento de que a política é uma ativi­dade de ban­di­dos. Não recrim­ino os que pen­sam assim.

A cor­rupção parece está enfron­hada em toda malha social. Há denún­cias sérias e con­sis­tentes, inclu­sive divul­gadas na mídia, da existên­cia de uma “máfia» tra­bal­hando pela cas­sação de prefeitos, onde o “tira-​e-​bota” torna-​se um negó­cio ren­tável, pois os oper­adores gan­ham para tirar, gan­har botar e tudo gerando cus­tos finan­ceiros que no fim das con­tas será supor­tado pelo con­junto da sociedade.

O papel depu­rador das insti­tu­ições (quase todas cor­romp­i­das) deve ser exer­cido pela sociedade e não o contrário.

Não adi­anta o cidadão ficar esperando que insti­tu­ições, per­me­áveis à cor­rupção, resolvam seus problemas.

A sociedade, sim, pre­cisa ficar atenta na escolha dos seus rep­re­sentes, sep­a­rar os que servem daque­les que não servem, ver­i­ficar que forças se encon­tram por trás das can­di­dat­uras, pois, cer­ta­mente, os eleitos serão mais fieis a eles que aos eleitores, a sociedade.

Em maior ou menor grau, o Maran­hão está repleto de pre­pos­tos de inter­esses escu­sos. São muitas as «Lid­i­anes» deste Brasil. A orig­i­nal, talvez, não seja mais que uma som­bra dos muitos descal­abros exis­tentes e dos que estão sendo ges­ta­dos neste momento, uma tola, uma deslum­brada, uma despreparada con­t­a­m­i­nada pelos encan­tos do poder e do enriquec­i­mento sem causa.

O povo, somente ele, será capaz de colo­car um basta na san­gria sem freio dos cofres públi­cos. Para isso é necessário com­preen­der a importân­cia de suas escol­has e con­se­quên­cias. Para isso pre­cisa chamar para si a respon­s­abil­i­dade de ser o sen­hor do seu destino.

Abdon Mar­inho é advogado.