DIÁRIO DAS ELEIÇÕES 2018 - 01.
DURANTE estes dias de turbulência eleitoral, além dos nossos já tradicionais “textões” escreverei algumas notas menores com a nossa percepção sobre os fatos do dia a dia da política e da sociedade.
Mas não descuidarei dos textos maiores com uma análise mais aprofundado dos temas.
Boa leitura a todos.
BARBAS DE MOLHO.
O TRE confirmou a sentença da juíza da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, tornando inelegíveis, dentre outros, o ex-secretário Ricardo Murad.
Muitos dos que festejam deveriam colocar as barbas de molho, como diziam os antigos, com a possibilidade de futuros julgamentos envolvendo situações iguais ou mais graves que as que fulminaram a carreira política do ex-secretário.
Como se dizia lá no sertão, pau que acerta Chico, acerta Francisco, Pedro, João, Raimundo...
CAIXINHA DE SURPRESAS.
DESDE sempre dizem que a política é uma caixinha de surpresas. Ulysses Guimarães dizia que era como as nuvens, você olha está de um jeito, olha novamente já está diferente.
Estas eleições tem ajudado a confirmar estas percepções.
Querem um exemplo? Nunca tinha ouvido falar que candidatos “disparados” na frente tivesse preocupação em impugnar candidatos que não representavam qualquer risco às suas eleições.
Ora, onde já viu chutar cachorro morto?
Pois é, agora tem.
Estrategicamente, não vejo sentido. É como se não confiassem nas pesquisas que tanto alardeiam.
Outra ideia que passa é que querem ganhar a eleição no “tapetão”. Só ué desta vez o tapete será vermelho.
TRAQUE.
NINGUÉM mais – não as pessoas sérias –, fala sobre a liminar fake do subcomitê do comitê da ONU “obrigando” o Brasil a transformar um presidiário em candidato a presidente da República, lhe assegurando todos os direitos e acessos à mídia que têm os candidatos “pra valer”. Acho que perceberam o ridículo em que estavam caindo.
Fico imaginando se os grandes “juristas” do país que defenderam com furou tal excrescência não sentem-se nem um pouco constrangidos com a pataquada.
Os tribunais não deram qualquer trela a mais essa tolice e tentativa de politizar ainda mais o julgamento.
Os melhores jornalistas do país, e mesmo do estado, não demoraram muito mais que poucas horas ao desnudarem a liminar fake.
Textos primorosos desmistificaram mais esse constrangimento que a defesa do ex-presidente Lula submeteu o país.
Ainda bem que não durou mais que poucas horas de vergonha.
No Brasil agora é assim: jornalistas ensinam direito aos juristas.
Eita vergonha alheia.
COERÊNCIA.
POIS É, até agora não consegui entender a “birra” do Partido dos Trabalhadores - PT com a segunda candidata ao Senado na chapa governista, Eliziane Gama. Pelo que cheguei a ler, baixaram até resolução proibindo seus membros filiados e/ou simpatizantes de votarem na deputada.
Segundo soube, acusam-na de ser “golpista” por ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Este, aliás, foi o mesmo motivo para criticarem o ex-governador José Reinaldo quando ele ainda pleiteava ser candidato ao Senado na chapa governista, uma vez que tanto fez pelo atual governador recandidato.
A minha incredulidade com a restrição à candidatura da deputada é que o mesmo partido que a “vetou” não sentiu qualquer constrangimentos em apoiar os Calheiro, Alagoas, o Eunício, no Ceará, onde segundo soube, até retiraram uma candidatura de alguém do próprio partido para favorecer o índio.
E, assim como estas, são diversas as alianças do partido com aqueles a quem acusam de “golpistas”.
Muito coerente tudo isso.