ROTOS E ESFARRAPADOS.
NÃO duvido que a postura do candidato Bolsonaro é merecedora das mais ásperas críticas, entretanto, existe uma que seus detratores, principalmente de esquerda, não têm legitimidade em fazê-la. Refiro-me à critica sobre a sua falta de preparo para governar o Brasil. É certo que ele tem se revelado, nos debates que tem participado, entrevistas e sabatinas, absolutamente incapaz, já tendo deixado claro, que pelo menos na área econômica, a sua eleição implica na eleição do seu economista, mas quem votou em Dilma Rousseff, com seu meio neurônio danificado e ainda hoje a defende, não tem legitimidade para criticar a falta de preparo de ninguém.
Ainda hoje é motivo de chacota os célebres discursos das senhora que fazia questão de ser chamada de presidenta.
Outra coisa que me parece fora de tom é a crítica ao fato do candidato ser ardoroso simpatizante do Regime Militar instaurado no Brasil no período compreendido entre 1964 e 1985, inclusive, defendendo pessoas, comprovadamente, torturadoras.
Entendo fora de tom porque a grande maioria dos seus críticos (por conta disso) ainda hoje defendem as ditaduras mais tenebrosas, tanto as do passado como a URSS, quanto às que perduram até hoje, como a cubana, a venezuelana, a norte-coreana, o regime sandinista, e tantos outros.
Estes regimes, só para registro, ceifaram – e ceifam –, infinitamente mais vidas humanas que a ditadura brasileira.
Tenho para mim que todos os regimes de exceção são igualmente merecedores da repulsa e do ódio dos cidadãos de bem.