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Bem Vindo a Pagina de Abdon Marinho, Ideias e Opiniões, Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024



A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade.

Escrito por Abdon Marinho

NA MORAL.

O Senador Collor é um velho conhecido dos brasileiros. Não vale nem a pena lembrar. Pois bem, de repente o distinto senhor virou o mais novo paladino da moralidade nacional. Ele foi afastado da Presidência da República por está confundindo o público com o privado.

Vinte anos depois de sair pela porta dos fundos do palácio, uniu-se aos não menos moralistas que estão no poder, para atentar contra as instituições nacionais. Vejam vocês que hoje o senador mandou que o procurador geral da República calasse a boca. Semana passada em uma parceria de afinidades sem igual com os novos inquilinos do poder, fez aprovar um requerimento solicitando investigação do TCU sobre uma compra feita pela Procuradoria Geral da República.

Claro que ninguém está acima da investigação pelos órgãos de controle. Ninguém. Muito menos o Ministério Público que tem a prerrogativa de investigar a todos, por isso mesmo deve ter a conduta mais reta e escorreita.

Entretanto está claro que o senador Collor e seus novos aliados nunca estiveram preocupados com a probidade administrativa, pelo contrário, eles estavam, não faz muito tempo, acusando-se mutuamente das práticas mais condenáveis. Hoje o senador faz o trabalho sujo para o PT, o mesmo partido que o acusou, com razão, de está dilapidando o patrimônio público durante seu curto governo.

O ataque as instituições, Ministério Público, Judiciário e aos veículos de comunicação, tem por propósito jogar a todos na vala comum da corrupção, querem com isso dizer que não há virgens no puteiro, que são todos iguais. Há sintonia entre o que diz o senador Collor e o que o escreveu outro dia em seu blogue o Sr. Dirceu, estrela de grandeza maior  do PT, que embora condenado a quase onze anos de cadeia por corrupção e formação de quadrilha, continua acusando o STF, numa total inversão de valores éticos e morais.

O senador faz isso em represália a denúncia feita ao STF contra o senador Calheiro, aquele das vacas que pariam vinte e quatro horas por dia. Faz isso em represália ao julgamento do processo do mensalão. Faz isso em represália aos diversos procedimentos em curso contra os figurões do PMDB, do PT e dos demais partidos da chamada base aliada e ainda aqueles que surgirão tal a voracidade dos dias atuais. Estão todos juntos. Rezam a mesma cartilha. Trabalham para destruir a democracia que até vínhamos construindo.

 

Será que as pessoas de bem não se dão conta que algo de muito errado está acontecendo com o Brasil quando essa turma toda comungam dos mesmos ideais? Não é estranho que as lideranças governistas do congresso sejam pessoas como Collor, Calheiro, Jucá, Barbalho, Alves e Sarney? Não é estranho que essas figuram comunguem os mesmos ideais que os trabalhistas do PT, que os socialistas do PDT ou os comunistas do PC do B, como vimos na semana que passou? E que todos eles estivessem mais sincronizados que o balé russo? Estavam afinados porque são iguais, são cachaça da mesma pipa, farinha do mesmo saco. São essas pessoas que querem ditar as regras, o Ministério Público deve investigar e denunciar, o que o Poder Judiciário deve julgar, o que a imprensa deve escrever e o que os cidadãos devem pensar. São eles os donos da moral, os donos do poder. São eles, os novos poderosos, a velha escória de sempre.