AbdonMarinho - UM GOVERNO DE TOLOS.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Sábado, 23 de Novem­bro de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

UM GOV­ERNO DE TOLOS.

UM GOV­ERNO DE TOLOS.

Pois é, leio aqui que o gov­erno fed­eral desis­tiu de sal­var o Brasil. Após a reper­cussão neg­a­tiva da classe política, empresária e da sociedade de maneira geral, não vai mais criar a Con­tribuição Pro­visória sobre Movi­men­tação Finan­ceira, a tal da CPMF.

Ora, mas não foi esse mesmo gov­erno que disse um dia antes que esta era a única solução para debe­lar a crise que viven­ci­amos? Não é mais? Já têm outra solução ou esta­mos todos con­de­na­dos à des­graça eterna?

Este pequeno episó­dio, esse disse me disse, mostra o quanto este gov­erno da pres­i­dente Dilma Rouss­eff e do Par­tido dos Tra­bal­hadores – PT, está por fora da real­i­dade das ruas. Impres­siona como, em menos de um ano (con­tando da última eleição), con­seguiram falar uma lín­gua tão difer­ente da lín­gua do povo brasileiro.

Será que com tan­tos gênios pagos pelo povo, não surgiu nen­hum para dizer à pres­i­dente que era total­mente absurda a ideia de aumen­tar impos­tos no atual momento de crise? Será que ninguém a avi­sou que a chance da sociedade apoiar um despautério deste eram nulas? Será que nen­hum dos artic­u­ladores da pres­i­dente a avi­sou das difi­cul­dades que teriam em fazer aprovar o retorno do imposto?

O que fez a equipe do gov­erno pen­sar que um imposto já rejeitado em tem­pos mais favoráveis seria agora aprovado quando o gov­erno sofre der­ro­tas até em pro­postas que, teori­ca­mente, são menos polêmi­cas e recep­ti­vas pela sociedade, logo agora em que o apoio ao gov­erno chega perto de zero? Será que pen­sou em «con­vencer» o Con­gresso Nacional por out­ros meios? Talvez usando as mes­mas práti­cas já famosas no men­salão e, agora no petrolão.

Ficamos com a impressão que esta­mos lidando com malu­cos. O gov­erno não tem respaldo para aprovar nada. Não pos­sui capaci­dade de unificar sua própria base. A sociedade inteira é contra.

Ainda assim, insiste em abusar da paciên­cia do povo.

O gov­erno não sabe o que é, nem o que quer, por isso mesmo, bate cabeça e comete um equívoco atrás do outro.

Vejamos outra situação.

Ano pas­sado, após a macha dos prefeitos, o gov­erno prom­e­teu repas­sar aos municí­pios um bil­hão de reais. Uma parcela em julho de 2015 e outra em 2016.

A maio­ria dos municí­pios con­tavam esse recurso para ten­tar colo­car em dia ao menos as con­tas mais emer­gen­ci­ais. O gov­erno não só não repas­sou como não deu nen­huma expli­cação. Sim­ples­mente ficou o dito pelo não dito. Talvez os gestores munic­i­pais enten­dessem a falta do repasse por conta da crise que o país atrav­essa. Enten­de­riam se no mesmo momento em que não cumpre o acer­tado com mais de cinco mil municí­pios, não fizessem um repasse de meio bil­hão para o paga­men­tos de emen­tas dos quase seis­cen­tos par­la­mentares. Será que as emen­das dos par­la­mentares neste momento de crise aguda são mais impor­tantes ou mais neces­si­ta­dos que os quase seis mil municí­pios que sofrem, com ninguém, a grave crise que atrav­es­samos? Cer­ta­mente que não. Na ver­dade o gov­erno, sem plano e sem rumo, insiste na política do toma lá dá cá, em fazer do gov­erno um bal­cão de negó­cios. Vem daí a ideia de jerico de, após infor­mar o paga­mento das emen­das de suas excelên­cias, ven­ti­lar a cri­ação de mais um imposto. E logo este já rejeitado por toda a sociedade.

As ações do gov­erno não fazem quais­quer sen­tido. Pior, as ati­tudes ata­bal­hoadas acabam por agravar, ainda mais a situ­ação de inse­gu­rança e insta­bil­i­dade política.

O que sinal­iza um gov­erno que, ainda no princí­pio, des­diz à noite o que pela manhã? Que é inca­paz de cumprir as promes­sas mais cor­riqueiras? Respondo: nada.

O gov­erno da pres­i­dente Dilma Rouss­eff acabou, tanto isso é ver­dade que o Sr. Lula já colo­cou seu bloco na rua e se lançou can­didato à sucessão da mesma. Os três anos que fal­tam serão de san­gria de um gov­erno zumbi. Não vejo outra solução que não seja a renún­cia em nome e pelo bem do Brasil.

Abdon Mar­inho é advogado.