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Bem Vindo a Pagina de Abdon Marinho, Ideias e Opiniões, Segunda-feira, 29 de Abril de 2024



A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade.

Escrito por Abdon Marinho

AMADORES E PROFISSIONAIS.

Primeiro os amadores. Não há paz no PDT (em nenhum sentido, ouvi dizer que até o Clodomir PAZ saiu e Graça PAZ está em guerra com a juventude? socialista? Algum deles sabe o que vem a ser isso?). O PDT está dividido em facções há muito tempo, quando Jackson Lago era vivo, os integrantes do partido, fingiam se tolerar. Se me lembro bem as vésperas da última eleição municipal estava esfacelado em três grupos maiores, que brigavam entre si, publicamente, pelo comando do partido, um grupo puxava para um lado, um outro para o outro e havia ainda um puxando para dois conforme o sabor da maré. Notas públicas lançadas, carta de desabafo emitidas, etc, etc. E a guerra continua.

O meu PSB não é diferente, tem o grupo de Roberto Rocha que não se entende com o grupo do José Reinaldo e José Antônio e muito menos com o grupo de Ribamar Alves. Como faz tempo que não participo da vida partidária, digo isso pelo leio na mídia, me corrijam se estiver errado.

No PPS, também há luta pelo poder interno e pela primazia de se apontar os rumos do partido para as próximas eleições.

Não sei se há conflito interno no PC do B, embora tenha lido que o seu líder maior no estado pretenda ir para o PT, partido que prima pela unidade interna, desde sempre. Rsrsrs. Embora não se saiba de conflito público no PC do B, isso é de pouca valia, uma vez que o partido é muito pequeno em termos nacionais e até mesmo no estado, di-se-ia, como dizíamos outrora que cabe numa kombi.

Os demais partidos, embora tenham seus conflitos não devemos discuti-los, pois são equacionáveis em face dos seus tamanhos.

Como vemos, no campo dos amadores não se alcançou a unidade interna em seus partidos, é bem possível que não alcancem até as eleições, ainda que uma tese vença dentro de cada um dos partidos é provável que os grupos derrotados ou cruzem os braços ou saiam para apoiar outras candidaturas opositoras aquelas indicadas pelo seu partido.

Bem, se não conquistaram a unidade interna, menos ainda a unidades entre os diversos partidos para disputa, o que se ver diariamente, pelo menos através da mídia são ataques mútuos, brigas ferrenhas por espaço, uns já querendo puxar os tapetes dos outros, não com vistas as eleições de 2014 mas já com olhos voltados para 2018.

Atualmente temos, em linhas gerais, a falta de unidade dos partidos, não há um mínimo de convergência interna e também a falta de unidade entre os partidos que poderiam se unir para as eleições. Pelo contrário o que sebe é que gastam dias falando mal uns dos outros, fulano é isso, é aquilo, é infiltrado, etc. Vejam são duas contas negativas refletindo para a sociedade. O que passam para a sociedade é que são balaios de gatos. Muitos cidadãos de bem que fizeram e fazem política de forma independente e até em grupos adversários gostariam de somarem no projeto dos chamados \"oposicionistas\", mas se deparam com um problema: quem procurar. Não há interlocutores, nem capazes, nem confiáveis.

O que é mais desconcertante é que essa guerra fratricida é travada publicamente, nos meios de comunicação, nas intrigas dos blogues, nas conversas de pé de ouvido feitas para vazar. Vejam, não tenho falado com ninguém da política, não tenho freqüentado reuniões, almoços, jantares, etc., minha vida tem sido de casa para o trabalho, do trabalho para casa. Isso que narro aqui li, nos jornais, nos blogues, portais. Ninguém me disse nada, tenho apenas juntado as notícias que leio.

Um exemplo claro e patético dessa desunião, foi a briga pública travada entre o vice-prefeito de São Luís e um dirigente do PC do B. Os caras mal haviam ganhado a eleição da capital, ainda estavam formando o governo e já estavam \"lavando a roupa suja\" através dos jornais. É impressionante a capacidade que tem de municiarem os adversários, de fazerem o anti jogo. Agora mesmo estão todos discutindo a falta de projeto do provável candidato. Saudável a discussão? Claro, os candidatos devem possuir um projeto, mas há necessidade dessa cobrança partir dos possíveis e supostos aliados? Mais. Deve isso ser feito publicamente?

Apresentam tanta desunião que não duvido a exemplo do que já fizeram, lancem 5 candidatos ao Senado para a vaga do senador Cafeteira. Este já me confessou, numa visita que fez ao meu escritório que não pretende candidatar-se a reeleição. Na eleição passada os amadores lançaram três para duas vagas, talvez agora evoluam e lancem cinco para uma. Como só será eleito e é provável que não seja nenhum deles, todos estarão zangados e cheios de razão para cruzarem os braços num eventual segundo turno, se houver.

No momento atual estão tão entretidos com os aliados/adversários que não conseguem sequer entender que o adversário que irão enfrentar não é o mesmo de sempre. Estão gastando a munição com os possíveis aliados e com os adversários errados. Como diria o capitão Nascimento, o inimigo agora é outro, precisam entender isso.

Na verdade esses amadores estão na profissão errada. Deveriam ser jornaleiros. Adoram vender jornal. Rsrs. Talvez apresentadores de TV, não podem ver um refletor que correm para dá entrevista. Parecem aqueles insetos que quanto chovem tentam se aquecer nas lâmpadas, o problema é que como eles, acabam morrendo. Todo cuidado é pouco.

Vamos aos profissionais. Destes temos pouca coisa a dizer, estão fazendo seu jogo, minando os adversários e construindo uma pauta positiva. Não o vemos discutindo publicamente por nada e vejam que o balaio de gatos é bem maior. As criticas, quando existentes, são indiretas. A patuleia só sabe alguma coisa se é do interesse deles que se saiba. Já estão com os planos de A a Z, ensaiados. Querem um exemplo? A máquina do estado está toda sendo azeitada para o fortalecimento de seu candidato. Este por sua vez já sabe de todos os problemas que enfrentará, mas está com o discurso pronto para o debate. Se disserem que é integrante do \"antigo regime\" dirá que não que é técnico e que sabe resolver os problemas. Negará como Pedro negou Cristo na noite da agonia. Vendeu, vende e venderá o que fez, o que não fez e que não sonhará fazer, se isso render alguns votos. Enquanto os amadores não forjam um mínimo de unidade,  os profissionais preparam uma pauta positiva onde todos do seu \"esquema\" tem um papel definido e que vai cumprir a risca, o deputado ou o vereador para importunar os adversários, jornalistas para escrever o que lhe sejam interessantes, puxa-sacos para espalhar a cizânia e por ai vai, não tem peça inútil no tabuleiro dos profissionais, do peão ao rei, todos tem serventia e são tratados com importância.

Querem um exemplo claro disso? No processo que corre contra a governadora no TSE, fizeram o que podiam para retardar o julgamento e conseguiram, com o tempo que ganharam evitaram a eleição direta na eventualidade de uma cassação. Continuaram a mover céus e terras para que isso não ocorra, entretanto caso venha ocorrer, já tem o candidato para eleição indireta, o seu candidato a governador que, eleito na Assembleia concorrerá no cargo à reeleição. Estes empréstimos milionários, também fazem parte do roteiro para turbinar não só o governo, tanto numa situação quanto noutra. Cada peça, como disse tem sua razão.

Pois é, enquanto o amadores se digladiam o jogo vem sendo jogado pelos profissionais. O provável candidato não descansa um dia, já deve ter percorrido o estado todo e já sabe de cor e salteado o nome de toda e qual liderança política do estado. Quando os amadores se derem conta disso, talvez grande parte da partida esteja concluída. Como disse, amadores vencem jogos de profissionais, existem exemplos na história, mas isso não acontece todo dia e para que isso ocorra é necessário que coisas excepcionais ocorram. 

 

Finalmente uma lição dos tempos de primário: Eleição se ganha somando (+) e multiplicando (x)  e não diminuindo (-) ou dividindo (/). Coloquei os sinais para que recordem é tão fácil que aprendi no primário.