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Bem Vindo a Pagina de Abdon Marinho, Ideias e Opiniões, Quarta-feira, 15 de Maio de 2024



A palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade.

Escrito por Abdon Marinho

EDUARDO CAMPOS

                                                                                                                        Por Abdelaziz Aboud Santos

    “Ainda comovido com a tragédia que ceifou a vida do ex-governador Eduardo Campos. Desejava vê-lo como presidente do Brasil. Sua melhor proposta era a de destinar 10% do orçamento nacional para a educação, Agora, vou de Marina, se o PSB decidir indicá-la como candidata à presidência do Brasil. Oxalá! Aqui não se pode pensar em Lula/Dilma, posto que, nesses 12 anos de PT, conseguiram ajudar os sarneys a atrasar ainda mais o Maranhão”.

    Assim escrevi recentemente no Facebook. Agora quero dar um depoimento sobre o ex-governador na sua relação com o Dr. Jackson Lago, ambos governadores do período que se iniciou em 2007. Nas reuniões de governadores do Nordeste, de periodicidade trimestral, na época, a sua palavra era sempre destaque na reunião. Não apenas as teses que defendia para o Nordeste, mas sua simpatia e solidariedade ao grupo eram sua marca indelével. Lembro-me do convite que fez aos seus colegas governadores para visitarem Pernambuco em reunião do colegiado. Lá chegando, após as reuniões formais, o ex-governador nos levou para visitar uma escola de excelência das 30 (trinta) já em funcionamento no Estado, em padrões do seu projeto educacional. Escola de tempo integral, que reunia recursos técnicos, tecnológicos, didáticos, operacionais e financeiros da sociedade como um todo: governo, empresários e entidades ligadas à educação. Ele mesmo à frente da visita, conversando animadamente com os estudantes que se acotovelavam às centenas para abraçá-lo. 

   Dessa experiência nasceu a ideia de projeto similar no Maranhão, ao tempo do governo Jackson Lago. Foi nessa perspectiva que surgiu a ideia da compra do Colégio Maristas, justamente para abrigar a primeira experiência de uma escola de excelência, que deveria, no futuro, expandir-se em projetos semelhantes pelo Maranhão. Aliás, falando no Colégio Maristas, o que é feito desse patrimônio riquíssimo hoje de propriedade do Estado? Entregue aos cupins, por certo, tal a falta de vontade política desse (des) governo de fim de safra e em estado de extrema-unção.

   O Dr. Jackson Lago pediu para conversar reservadamente com o seu amigo, também governador, Eduardo Campos. Eduardo estava com vôo marcado para o exterior. Simplesmente adiou sua viagem em atenção ao governador Jackson. Ali, num café da manhã, por ele oferecido em Recife, no Palácio do Governo, Jackson solicitara ao amigo, da base política de Lula, que intermediasse uma audiência de aclaramento da ação judicial de motivação política contra a sua diplomação. O Governador de Pernambuco foi o único dos governadores que enfrentou o Lula mostrando a injustiça que estava prestes de se cometer contra a população do Maranhão. De nada adiantou: Lula lhe dissera que nada podia fazer, pois que não tinha como desagradar o Sarney. A cassação era certa.  Eduardo Campos não se deu por vencido. Fez o que pôde para evitar o estupro jurídico. Não conseguiu, não conseguimos, mas continuamos de pé, na luta sempre. Esse é o depoimento.

 

   “A saudade só é menor do que a gratidão”, assim despediu-se do ex-governador Eduardo Campos o povo de Pernambuco; “Fico com a imagem de sua alegria”, assim Marina Silva reverenciava o seu companheiro de chapa à Presidência. Fico com a saudade de um brasileiro que poderia mudar o destino da Nação, pois é dele a frase simbólica: “NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL”.