AbdonMarinho - FARINHA.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Sábado, 23 de Novem­bro de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

FARINHA.

FARINHA.

A far­inha é um dos pro­du­tos mais pro­duzi­dos e con­sum­i­dos no Maranhão e também noutras partes do nordeste. Quer dizer, era. Soube que essa sem­ana o quilo da far­inha no mer­cado do peixe em São Luís, alcançou os R$ 14,00 (qua­torze reais). Emb­ora não pareça muito, prin­ci­pal­mente para as pes­soas que não são da região, mas é. A far­inha está pre­sente durante todo o dia na vida do cidadão maran­hense, você chega em qual­quer casa, sobre­tudo do inte­rior, e lá está sobre a mesa de jan­tar um far­in­heiro, ao alcance da mão para que pos­samos comer um pun­hado. Come-​se far­inha com tudo, com manga, com café, com açaí, com feijão, etc.

Além da far­inha, out­ros pro­du­tos do con­sumo diário estão com os preços ele­va­dos, ouvi dizer que no sertão maran­hense um quilo de fava está cus­tando mais de R$ 40,00 (quarenta reais), e por aí vai.

Muito tenho ouvido, sobre a \«cares­tia\», é assim que chamamos assim o fenômeno da inflação. Farei um texto sobre isso noutro momento inclu­sive, abor­dando as palavras da pres­i­dente Dilma, que disse e não disse que o com­bate a inflação não pode­ria se sobre­por a política de cresci­mento econômico. Uma tolice e mais uma colocação sem con­hec­i­mento de causa.

Mais volte­mos a far­inha e a fava. Algu­mas pes­soas só sabem dizer que está caro, alguns até apon­tam para o fato de ter­mos tido um inverno fraco em algu­mas regiões do estado, etc.

Na inter­net, vejo sátiras sobre o preço da far­inha, muito cria­ti­vas, por sinal. Mostram a casa do vender de far­inha, antes uma choupana, agora uma mansão, com tudo de lux­u­oso, um chiste, como diziam os antigos.

Entendo que esses preços são fru­tos de um con­junto de fatores, humanos, climáticos e também da política.

Sou do inte­rior, do sertão \«brabo\», por isso sei que man­dioca e fava

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dá nos mon­turos, não exigem muito cuidado, nem muita assistência, então essa con­versa que o inverno foi fraco não cola comigo.

O que ocorre é que ninguém mais quer se dá ao tra­balho de plan­tar a man­dioca. Noutros tem­pos em qual­quer quin­tal você tinha uma plantação de man­dioca ou de macax­eira, fava ou feijão. Hoje os cidadãos maran­henses querem aman­hecer o dia nas por­tas das prefeituras ou da casa dos políticos pedindo esmo­las. Um tro­cado para isso, um tro­cado para aquilo. As mul­heres nas filas de tudo que é bolsa do gov­erno. Você é con­tra os pro­gra­mas de trans­fer­en­cia de renda? Não, não sou. Sou con­tra a forma como esses pro­gra­mas estão sendo desen­volvi­dos, sou con­tra a política de esmo­las que faz com que homem perca o inter­esse pelo tra­balho e queira viver as cus­tas do estado. Essa política é nefasta e já começa a mostrar seus efeitos.

Atual­mente você não encon­tra um tra­bal­hador que queira fazer um tra­balho braçal, limpar um ter­reno, etc. A grande maio­ria dos cidadãos, pes­soas fortes e capazes, ao invés de pedir um tra­balho, pref­erem se sub­me­ter a humilhação da esmola. Então, deduzo que algo de errado esteja acon­te­cendo. O cidadão não é capaz de plan­tar no seu quin­tal a man­dioca e a fava ou o feijão para o seu próprio con­sumo, não pode ser con­sid­er­ado como capaz. O resul­tado é o que se ver, poucos pro­duzem, muitos são os querem e pre­cisam comer, como con­sequência, preços nas alturas.

Tenho aler­tado e não é de hoje, que o inte­rior do Maranhão não pro­duz mais quase nada, você passa pelas estradas do estado qual­quer hora do dia e o que ver são as pes­soas nas por­tas olhando para o tempo, jogando ou bebendo cachaça. Chega nas prefeituras e encon­tra aquela \«muvuca\» de gente esperando ser aten­di­dos em seus pedi­dos pes­soais, botijão de gás, conta de luz, medica­men­tos, etc., ou um emprego (não é tra­balho, querem um emprego, de pre­ferência, daque­les que só ten­ham que ir ao banco rece­ber). Essa é a situação do estado. Exceções há, claro, mas bem raras.

É a história se repetindo como farsa, mais uma vez, hor­das de des­ocu­pa­dos recebendo dos gov­er­nantes pop­ulis­tas, pão e circo.

Já disse aqui que meus pais eram anal­fa­betos, minha mãe mor­reu muito cedo, meu pai teve na con­tagem ofi­cial, qua­torze fil­hos, não lem­bro de tê-​lo visto uma única vez pedido um favor a um político ou a quem quer que seja. Nos educou dizendo que só os \«alei­ja­dos e cegos\» tin­ham o dire­ito de pedir esmo­las o resto tinha era que tra­bal­har e que todo homem sadio era capaz de garan­tir seu próprio sus­tento de maneira hon­esta. Hoje dirão, eram out­ros tem­pos. Será?