AbdonMarinho - CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O NOVO GOVERNO.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Domingo, 24 de Novem­bro de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

CON­SID­ER­AÇÕES INI­CI­AIS SOBRE O NOVO GOVERNO.

CONSID­ER­AÇÕES INI­CI­AIS SOBRE O NOVO GOVERNO.

NO ÚLTIMO dia 12 de maio o vice-​presidente Michel Temer foi empos­sado como pres­i­dente em exer­cí­cio. Sobre isso faço as seguintes considerações:

  1. Não me sinto respon­sável pelo fato dele ter sido empos­sado. Quem assim deter­mina é a Con­sti­tu­ição Fed­eral e quem o escol­heu como vice-​presidente foi o Par­tido dos Tra­bal­hadores e o arco de alianças que elegeu a pres­i­dente afas­tada Dilma Rouss­eff, não ape­nas uma, mas duas vezes;
  2. O gov­erno Michel Temer tem legit­im­i­dade para gov­ernar. Os mes­mos eleitores que votaram na sen­hora Dilma Rouss­eff votaram tam­bém em Michel Temer. Ele estava lá na urna eletrônica na hora em que os eleitores aper­taram 13 e con­fir­maram. Serviu para com­por a chapa e não serve para governar?
  3. Ilegí­tima seria a rup­tura da ordem con­sti­tu­cional para fazer novas eleições – não pre­vis­tas –, ou a tomada do poder por out­ras forças.
  4. O processo de Impeach­ment é instru­mento legí­timo da democ­ra­cia con­forme esta­b­elece a Con­sti­tu­ição, a lei e foi recon­hecido reit­er­adas vezes pelo Supremo Tri­bunal Fed­eral como den­tro das bal­izas legais. Não havendo que se falar em golpe na democ­ra­cia. O dis­curso de golpe é ape­nas uma tolice;
  5. Os car­gos de min­istro de Estado devem ser ocu­pa­dos por pes­soas com­pe­tentes. Inde­pen­dente de serem bran­cos, negros, amare­los, homens, mul­heres, gays, lés­bi­cas ou sim­pa­ti­zantes. O Estado não tem nada a ver com quem o min­istro dorme ou deixa de dormir. O impor­tante, repito, é que pos­suam com­petên­cia para tirar o Brasil da grave crise em que foi jogado por anos de gov­er­nos irre­spon­sáveis, cor­rup­tos e incom­pe­tentes – con­forme apon­tam mais de dezenas de oper­ações poli­ci­ais e decisões judi­ci­ais em curso no país.
  6. A com­petên­cia de uma pes­soa não é definida por seu gênero ou pela cor da sua pele.
  7. O respon­sável pelo min­istério e por todo o gov­erno é o pres­i­dente. Se ele ou os escol­hi­dos errarem na con­dução de suas pas­tas pagarão por isso. O impor­tante é que a sociedade fique vig­i­lante e não se asso­ciem aos erros dos governantes.
  8. Se o pres­i­dente nomeou pes­soas inves­ti­gadas, ele que arque com as con­se­quên­cias. Entre­tanto, o fato de uma pes­soa ser inves­ti­gada ou, ainda, que responda a ações na justiça não faz da mesma cul­pada. O gov­erno da pres­i­dente afas­tada estava repleto de pes­soas inves­ti­gadas e/​ou respon­dendo ações judi­ci­ais, muitos, talvez, deixem a república de Brasilia direto para a república de Curitiba. Mais, há reais sus­peitas que muitas das nomeações que a pres­i­dente afas­tada fez – a exem­plo da do ex-​presidente Lula –, foi com o claro propósito de obstruir a Justiça.
  9. Se os min­istros do gov­erno Temer «devem», eles que paguem por seus erros. Não meto a “mão no fogo” por ninguém. Errou? Que pague.
  10. Muitos destes, para quem torcem o nariz e dizem que são inves­ti­ga­dos, eram fes­te­ja­dos como heróis, por aque­les que deixaram o poder e seus satélites. Os min­istros de Temer não foram impor­ta­dos de Marte, estavam todos aqui, muitos inte­gravam o gov­erno ou faziam parte da base de sus­ten­tação, sem que ninguém – sobre­tudo aque­les que os acusam – lhes enx­er­gassem defeitos. Ah, se o cor­rupto é do nosso lado é bom?
  11. Acho salu­tar a ini­cia­tiva do gov­erno reduzir o número de min­istérios. Democ­ra­cias mais ricas que o Brasil tem gabi­netes bem menores e não existe no mundo a infinidade de car­gos comis­sion­a­dos que exis­tem por aqui.
  12. A máquina pública brasileira – faz temp que reclamo – é uma da maiores fontes de pre­juí­zos ao país, o Estado pode fun­cionar mel­hor com menos gente pen­duradas em boquin­has. Chega da pop­u­lação brasileira ser sac­ri­fi­cada sus­ten­tando quem não quer tra­bal­har. A Carteira de Tra­balho não existe para assom­brar ninguém;
  13. O Estado, como todos sabem, não pro­duz riquezas, os recur­sos que gas­tam nos per­tence. O mín­imo que podemos fazer é exi­gir que gastem com parcimô­nia e critério;
  14. O gov­erno está começando agora. Se não mostrar a que veio merece e deve rece­ber as crit­i­cas da pop­u­lação – não me furtarei a fazê-​la no momento em que errar. Como disse, nós os cidadãos, não temos com­pro­misso com os erros de ninguém.
  15. O Brasil pre­cisa da união e do sac­ri­fí­cio, é com­preen­sível que seja assim, diante do quadro em nos encon­tramos, entre­tanto, o gov­erno não tem o dire­ito de, sem se sac­ri­ficar, sem cor­tar na própria carne, exi­gir um sac­ri­fí­cio maior dos cidadãos.