AbdonMarinho - AUDITAR É NECESSIDADE.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Sábado, 23 de Novem­bro de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

AUDI­TAR É NECESSIDADE.

AUDI­TAR É NECESSIDADE.

Pas­sou a cam­panha, a eleição, já se tem um novo gov­erno insta­l­ado no Palá­cio dos Leões desde o primeiro dia de janeiro. Ape­sar disso, os con­tendores de lado a lado portam-​se como se vivêsse­mos a efer­vescên­cia da véspera do pleito. Os gov­ernistas dando vazão a todo o descal­abro que encon­traram na admin­is­tração após tan­tos anos de mando, nas redes soci­ais, blogues, jor­nais, sites de notí­cias, rádios. De outro os que sairam dizendo o oposto, que deixaram o gov­erno às \«mil mar­avil­has\», que o atual gov­erno bate cabeça, que é incom­pe­tente, autoritário, ladrão e out­ros epíte­tos menos elo­giosos ainda.

No meio de tudo isso a maior vítima: a verdade.

Como con­se­quên­cia e como cegos em tiroteio: uma pop­u­lação que não sabe dis­tin­guir quem está certo ou errado.

Não faz muito tempo escrevi um texto onde sau­dava como pos­i­ti­vas algu­mas das primeiras medi­das do novo gov­erno e mostrava as razões de sê-​las. Ainda no texto, inti­t­u­lado “A HORA É DE PAS­SAR O MARAN­HÃO A LIMPO”, aler­tava para neces­si­dade de chamar uma audi­to­ria externa para, longe de qual­quer influên­cia, mostrar a real situ­ação do Estado do Maran­hão. O que foi feito do din­heiro público durante todo esse tempo e, apon­tar, caso exis­tam, os respon­sáveis pelos rou­bos, pelos desvios, pela apro­pri­ação do estado.

A pro­posta da audi­to­ria não tem por razão a descon­fi­ança ou sus­peita que os inte­grantes do atual gov­erno não pos­suam com­petên­cia sufi­ciente para fazer os lev­an­ta­men­tos necessários, de forma alguma, muito pelo con­trário, são todos muito capazes e comprometidos.

O nosso entendi­mento é que qual­quer coisa que façam ou digam será desqual­i­fi­cada pelo lado oposto e pelos muitos que gan­haram e gan­ham para difundir boatos/​ou men­ti­ras. Assim, busca-​se a preser­vação do inter­esse público com uma audi­to­ria externa e independente.

Por outro lado, livres do encargo de ver­i­ficar o pas­sado, poderão ren­der mel­hor na orga­ni­za­ção do pre­sente, ori­en­tando e pre­venindo pos­síveis erros da atual equipe.

Aos que agora tril­ham o campo da oposição serve para que não digam que há perseguição ou revan­chismo por conta do novo gov­erno. A audi­to­ria servirá como garan­tira de que os pro­ced­i­men­tos ado­ta­dos foram os cor­re­tos e os ade­qua­dos para as situ­ações. Os que agi­ram certo, com certeza nada têm a temer com o chama­mento de um pro­ced­i­mento de audi­to­ria feito por uma empresa com cred­i­bil­i­dade no mer­cado e com transparência.

Em todo caso, quem mel­hor aproveitará a situ­ação será a sociedade maran­hense, que con­tará com um diag­nós­tico fiel sobre a real situ­ação do estado, sem que esse ou aquele grupo coloque em dúvida ou não recon­heça como legit­imo o resul­tado. Algo bem difer­ente do que foi feito quando o poder foi trans­ferido à gov­er­nadora Roseana Sar­ney após a cas­sação de Jack­son Lago em que foi divul­gado pelos meios de comu­ni­cação partes de relatórios com o propósito de enlamear inte­grantes do antigo governo.

Final­mente, é bom que se assente aos olhos de todos não fica bem é o disse-​me-​disse, as ilações, as insin­u­ações, as acusações. Pre­cisamos de um estudo téc­nico con­sis­tente que seja capaz de, em sendo o caso, respon­s­abi­lizar, civil e crim­i­nal­mente todos que ten­ham prat­i­cado \«malfeitos\».

O gov­erno pre­cisa enten­der que apu­rar e respon­s­abi­lizar os que, por­ven­tura, ten­ham prat­i­cado atos omis­sos ou comis­sos con­tra o poder público é imposição legal. Não se tratando, em abso­luto, de perseguição. O que não é aceitável ou admis­sível é que deixem pas­sar ou façam vis­tas grossas. Para isso, entre­tanto, é necessário pos­suir dados e provas consistentes.

Os prob­le­mas do Maran­hão são visíveis a todos. Sabe­mos que as finanças não estão bem, que não se tem din­heiro em caixa, que arrecadação está com­pro­metida com inúmeras obri­gações, que máquina pública sofreu um processo de sucatea­mento. Con­seguimos ver isso ape­nas olhando as insta­lações das repar­tições públi­cas. O maior exem­plo de des­man­telo é um “puxad­inho” que colo­caram sobre um dos pré­dios do com­plexo admin­is­tra­tivo do Cal­hau. Qual­quer um que desça o retorno do quar­tel da PMMA pela Avenida Car­los Cunha se depara com um tel­hado de “brasilit\» com madeira aparente, uma coisa hor­ro­rosa, que sin­te­tiza o que teria sido o gov­erno nos últi­mos anos. Isso e tudo mais que se sabe e desconfia-​se mostra bem como a admin­is­tração foi tratada. Entre­tanto, saber ou descon­fiar não basta, é necessário ter­mos isso quan­tifi­cado por secretaria/​órgão, por con­trato, con­vênio, conta.

Um tra­balho metic­u­loso e feito em silên­cio a fim de apre­sen­tar um resul­tado con­sis­tente. Já passa da hora de se parar com o jogo de empurra e exam­i­nar a veraci­dade dos números. Nunca é demais lem­brar os ensi­na­men­tos de um antigo pro­fes­sor que nos dizia sem­pre: “os números não mentem jamais”.

O sociedade maran­hense merece con­hecer a ver­dade dos números.

Abdon Mar­inho é advogado.