AbdonMarinho - O QUE VEJO SOBRE 2014.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Sábado, 23 de Novem­bro de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

O QUE VEJO SOBRE 2014.

O QUE VEJO SOBRE 2014.

Esta­mos longe das eleições de 2014, mas faço essas con­sid­erações, para depois con­ferir se estava certo ou errado.

Certa vez indaguei, aqui mesmo, se a oposição maran­hense seria estúpida. Ninguém respon­deu a indagação. A ausência de resposta talvez se dê por uma questão ante­rior, que dev­e­ria ter inda­gado antes: \«Há oposição no Maranhão?\» Caso pos­i­tivo, ao que se opõe? Ao gov­erno? Ao mod­elo? Ou ape­nas bus­cam o poder para faz­erem, de forma pio­rada, o que os donos do poder já vem fazendo?

As per­gun­tas acima, se respon­di­das sem o calor das emoções, não são fáceis de respon­der. Aliás, esse, sequer é o objeto deste post. Ape­nas per­gun­tei porque olho para a política do Maranhão e vejo tudo tão embar­al­hado que tenho difi­cul­dade de dis­tin­guir, por outro lado, há tanto jogo de inter­esses em colisão, cada um tratando de seus próprios inter­esses, que o homem comum, com eu, fica per­tur­bado. Vejam um exem­plo. Um dos mais influ­entes líder do par­tido que foi apeado do poder pelos atu­ais deten­tores, segundo soube, mudou-​se de malas e cuias para o gov­erno, emb­ora seu par­tido esteja dizendo aos qua­tro ven­tos que é oposição e que vai apoiar a can­di­datura adver­saria ao atual gov­erno. Essa é a situação de muitos out­ros que, em troca de inter­esses, ficam nessa de não serem nem peixe, nem frango.

Entre­tanto e ape­nas por exercício retórico, admi­ta­mos que haja uma oposição.

A oposição tem amplas chances de gan­har a eleição de 2014, não pre­cisa fazer muito esforço, ape­sar disso tra­bal­ham com uma voraci­dade fora do comum para perder e, man­ti­das as condições atu­ais, perderá mais uma vez. Ape­nas em situações bem espe­ci­ais amadores vencem profis­sion­ais. E a oposição maran­hense (?) tra­balha de forma tão amadora que sequer busca erros novos para come­ter, comete os mes­mos erros dos últi­mos cinqüentas anos.

Nâo con­seguem con­struir uma unidade mínima para a dis­puta. Uns já vêem nos out­ros os adversários, não de 2014, mas os 2016 e os de 2018. Como um grupo em que uns ten­tam der­rubar seus supos­tos ali­a­dos con­seguem agre­gar os seus e a bus­car os descon­tentes do campo adversário? Não con­seguem.

São ingênuos, caem como pat­in­hos nas armadil­has dos adversários que tra­bal­ham com a divisão dos adversários. Como não con­fiam uns nos out­ros, dão mais crédito ao que dizem os adversários que as palavras dos supos­tos ali­a­dos. Como algo assim dará certo? Só numa situação absur­da­mente anor­mal. Aqui não falarei sequer das condições pes­soais dos homens e na forma como apare­cem aos olhos da sociedade. A condição pes­soal de cada um, seu caráter, sua pos­tura, etc., é algo que também fará a diferença quando começar o tra­balho de descon­tração.

Mais uma. A oposição (?) tra­balha com a per­spec­tiva de dividir o bal­aio de gatos. Essa tese de dividir para adi­ante somar, é só uma meia ver­dade e tem tudo para não fun­cionar, primeiro porque estão criando tan­tos atri­tos na divisão do bal­aio de gatos, que não con­seguirão uni-​los lá na frente. Outra, isso até pode­ria fun­cionar, mas se fos­sem dis­putar com o mesmo adversário, não é esse o caso, o adversário é outro.

Ora, para as próximas eleições seria necessário a con­strução de uma situação que tor­nasse a eleição plebiscitária. Não estão tra­bal­hando para isso. Caso con­tinue assim, caso não per­cam a eleição no primeiro turno, as chances do outro bal­aio ir com a situação é bem maior que de ir com a oposição(?). Criarão tan­tos atri­tos, que quando muito, aque­les que dev­e­riam se unir, no máximo darão declarações pro­to­co­lares e lib­erarão seus ali­a­dos para votarem como quiserem.

Como disse, só em condições anor­mais, amadores vencem profis­sion­ais. Se de um lado os amadores não con­seguem, ao menos, repe­tirem erros novos, do outro lado, pelo que vejo, de longe, há uma máquina azeitada, um dis­curso uni­forme, um único can­didato preparado para o embate, com luz própria, que con­strói uma can­di­datura que pode se sus­ten­tar de forma inde­pen­dente. E que o can­didato pode­ria dizer que não depende da situação, que pode apre­sen­tar um currículo de real­izador, de boa praça, de tra­bal­hador, etc., e pode até dizer que vai gov­ernar sem a influência do atual grupo. Dirá isso sem causar qual­quer con­strang­i­mento. Se sen­tirem que algum ali­ado, por suas condições possa atra­pal­har o pro­jeto eleitoral, o tran­carão no armário e só o soltarão depois das eleições.

Uma con­sid­er­ação final: Eleição é conta de somar e não de dividir.