AbdonMarinho - A MAIOR DESGRAÇA DO BRASIL.
Bem Vindo a Pag­ina de Abdon Mar­inho, Ideias e Opiniões, Sábado, 23 de Novem­bro de 2024



A palavra é o instru­mento irre­sistível da con­quista da liber­dade.

A MAIOR DES­GRAÇA DO BRASIL.

A MAIOR DES­GRAÇA DO BRASIL.

A COR­RUPÇÃO nunca foi um mal igno­rado por qual­quer cidadão brasileiro. Sem­pre tive­mos con­hec­i­mento – em maior ou menor grau – do que acon­te­cia nos basti­dores do poder fosse em Brasília, nas cap­i­tais dos esta­dos, nas prefeituras munic­i­pais. Aliás, por seu próprio caráter indo­lente, o brasileiro sem­pre tra­tou essa chaga com um mal menor; um dire­ito do politico “tirar o seu”. talvez por isso, nunca fez a cor­reta lig­ação entre o fatos dos políti­cos gastarem, nas suas cam­pan­has eleitores, val­ores bem supe­ri­ores que os val­ores que perce­be­riam de salário ao longo do quadriênio, caso fos­sem eleitos. Sim, o político gasta na frente sem saber se terá êxito ou não no processo eleitoral, o que torna ainda mais sus­peito que gastem tanto.

Fazem isso pelo salários? Pelo poder decor­rente dos car­gos? por altruísmo e desejo de servir à sua comu­nidade? Municí­pio? Estado? País?

Cer­ta­mente que não. Se assim agem é na certeza que muito lucrarão (finan­ceira­mente) durante o período em que per­manece no poder.

Nos “auto­gram­pos» feitos pelo sen­hor Sér­gio Machado, naquilo que apelidei de “delação pre­ven­tiva”, entre tan­tas coisas que disse, uma, em espe­cial, rela­cionada com o que escrevo, chamou-​me a atenção. Lá pelas tan­tas, e con­tanto com a añuên­cia do inter­locu­tor, ele diz (não usando estas palavras) que uma inves­ti­gação séria rev­e­laria que nem cinco par­la­mentares teriam feito suas cam­pan­has sem se socor­rer do din­heiro da cor­rupção. Mais a frente, fala da neces­si­dade de se sus­ten­tar toda engrenagem de cor­rupção, posto não se tratar ape­nas de finan­cia­men­tos ile­gais. Não era mesmo.

Ape­nas para ter­mos uma ligeira noção, esta­mos falando de um uni­verso de quase 600 parlamentares.

Sob qual­quer exame, ape­nas o que já foi rev­e­lado no âmbito da Oper­ação Lava-​Jato, seria sufi­ciente para recla­mar a prisão de todos os envolvi­dos e a refun­dação do Brasil.

Destaco algu­mas coisas emblemáti­cas. Está dito pelo colab­o­rador Nestor Cev­eró que a pres­i­dente afas­tada Dilma Rouss­eff, então pres­i­dente do con­selho de admin­is­tração da Petro­bras, e que dev­e­ria zelar pelos inter­esses da empresa, sabia de todas as trata­ti­vas para san­grar a empresa na com­pra de uma sucata de refi­naria em Pasadena, USA, adquirida por U$ 45 mil­hões de dólares por uma empresa e ven­dida à empresa petrolífera brasileira por mais um bil­hão de dólares. Só este nego­cio ruinoso cau­sou um pre­juízo de mais de R$ 800 mil­hões a empresa que a pres­i­dente da con­selho tinha a obri­gação de proteger.

Segundo notí­cias da mídia inteira, con­stará da colab­o­ração de Marcelo Ode­brecht, que propinas pagas pela empresa que pre­sidiu finan­ciou a cam­panha à reeleição da pres­i­dente afas­tada, dizem, ainda, que a própria teria orde­nado um repasse de R$ 12 mil­hões para o paga­mento de suas despe­sas de cam­panha. Desta suposta delação – apel­i­dada por Sar­ney de metral­hadora ponto 100 – con­staria tam­bém o finan­cia­mento algu­mas dezenas de políti­cos e ainda 13 gov­er­nadores de estado. É aguardar para conferir.

Outra rev­e­lação emblemática foi aquela feita pelo ex-​deputado Pedro Cor­rêa – tido, pelo menos até aqui – como uma espé­cie de decano da cor­rupção nacional. Na ver­dade, são dois episó­dios na mesma rev­e­lação. O primeiro, dando conta das trata­ti­vas para nomeação de Paulo Roberto Costa (apel­i­dado por Lula de “Paulinho”), na qual ameaça demi­tir o con­selho da Petro­bras caso não nomeiem o oper­ador do Par­tido Pro­gres­sista para a dire­to­ria o quanto antes; o segundo episó­dio, infini­ta­mente mais grave, rev­ela que o ex-​presidente teria rece­bido uma del­e­gação do mesmo par­tido (PP) que foram recla­mar com o então pres­i­dente que o PMDB, outro par­tido da base ali­ada, estaria avançando sobre a “sua dire­to­ria”, aquela para qual teria sido nomeado o oper­ador já referido.

O pres­i­dente Lula – ainda segundo o relato do ex-​deputado Pedro Cor­rêa –, os teria admoes­tado, colo­cando que a dire­to­ria em questão era muito grande e que daria para aten­der aos dois par­tidos (PP e PMDB), pode­riam dividir o butim, a pil­hagem que faziam na, então, maior empresa brasileira. Os “reclamões» deram-​se por sat­is­feitos com as expli­cações do man­datário da República e não falaram mais no assunto.

Emb­ora lido e tido com tamanha nat­u­ral­i­dade, esta­mos diante de um absurdo inom­inável. Temos um pres­i­dente da República, respon­sável maior pelos des­ti­nos da nação – e que prom­e­teu em seu dis­curso posse, não ape­nas um gov­erno hon­esto, mas, tam­bém, impedir que a cor­rupção flo­rescesse –, a portar-​se como um chefe de quadrilha. Não só prat­i­cando os atos para que os com­pas­sas atu­assem livre­mente, e, mais, par­til­hando o fruto do roubo. Não acred­ito que haja para­lelo em nen­hum lugar do mundo civilizado.

Alguém con­segue imag­i­nar o diálogo?

Líder do par­tido: – Pres­i­dente, nós esta­mos aqui para lhe fazer uma reclamação.

Pres­i­dente: – Qual reclamação?

Líder do par­tido: – Olha, pres­i­dente, o PMDB está avançando sobre a nossa propina na dire­to­ria de Abastec­i­mento. Assim não vai dar para con­tin­uar o apoio ao governo.

Pres­i­dente: – Nada disso. A dire­to­ria é muito grande. Tem propina para todo mundo. Com­binem uma divisão entre vocês.

Con­hecendo a boca suja do ex-​presidente – escu­tas tele­fôni­cas rev­e­lam o nível –, é capaz que o “diál­ogo» tenha sido rec­heado de palavrões e impropérios. Em qual­quer caso, impensável.

Vejam, repito, não é que não soubésse­mos da existên­cia da cor­rupção. Ela está aí desde que Cabral apor­tou por aqui. Tendo sobre­vivido a todos os gov­er­nos. O inusi­tado é desco­brir­mos, agora, que a sede gov­erno, o Palá­cio do Planalto, foi usado como covil de malfeitores, com os chefes da nação – temos notí­cia que tam­bém Dilma Rouss­eff usou o palá­cio para tais final­i­dades. Na colab­o­ração do ex-​senador Del­cí­dio do Ama­ral, está dito que lá, no palá­cio, se tra­mou a nomeação de um min­istro do STJ para soltar malfeitores pre­sos – no papel de coman­dantes do alcance.

Este é o difer­en­cial. A cor­rupção como pro­tag­o­nista do esquema de poder e o chefe da nação no seu comando.

Lem­bro – com saudades – do tempo em que se atribuía os male­fí­cios da cor­rupção aos clãs region­ais lid­er­a­dos por pes­soas como Sar­ney, Renan, Jucá, Bar­balho, entre out­ros. Estes, aliás, tam­bém referi­dos na colab­o­ração de Sér­gio Machado como ben­efi­ciários de polpu­dos repasses de propina. Ape­nas para os três primeiros, por parte do colab­o­rador, foram repas­sa­dos R$ 70 mil­hões. Quanto mais? Em quan­tos out­ros esquemas?

Não é sem razão que o jor­nal amer­i­cano «The New York Times”, em edi­to­r­ial do dia 06 de junho de 2016, atribuiu a medalha de ouro em cor­rupção ao Brasil. E, provavel­mente, nem descon­fiam de tudo que ocor­reu e vem ocor­rendo esses anos todos. Mais, não sabe que a prática da cor­rupção se alas­trou por esta­dos e municí­pios como se fosse uma praga de gafan­ho­tos no milharal.

Em meio a tanta des­graça, a esper­ança é que a luz sobre estas trevas resulte em algo de positivo.

Abdon Mar­inho é advogado.

Comen­tários

0 #1 Martha Aulete 25-​10-​2019 03:31
Quem é a des­graça do Brasil? A des­graça do Brasil é o PT. O PT é des­graçado. Os petis­tas são des­graça­dos. E o Petismo (Religião baranga) é des­graçado.

No Brasil é o “nive­lar por baixo” a edu­cação, a arte e a cul­tura. Sobre­tudo durante os 13 anos dos gov­er­nos pop­ulis­tas e Kitsch do PT.

Os Min­istros petis­tas –sindi­cal­is­tas — são, e foram, assim:
meio-​analfa, meio-​picareta, meio-​charlatão, meio vigarista, meio barango, meio canalha, meio Kitsch, meio men­tiroso, meio traíra, meio cafona, né? E dilma, hein?

Nunca vi par­tido mais bre­gaço, mais Kitsch, mais cafonér­rimo, mais bregão que o PT. Há muito par­tido ruim no Brasil, mas de todos o PT é o pior.
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