CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O NOVO GOVERNO.
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- Criado: Sexta, 13 Maio 2016 19:07
- Escrito por Abdon Marinho
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O NOVO GOVERNO.
NO ÚLTIMO dia 12 de maio o vice-presidente Michel Temer foi empossado como presidente em exercício. Sobre isso faço as seguintes considerações:
- Não me sinto responsável pelo fato dele ter sido empossado. Quem assim determina é a Constituição Federal e quem o escolheu como vice-presidente foi o Partido dos Trabalhadores e o arco de alianças que elegeu a presidente afastada Dilma Rousseff, não apenas uma, mas duas vezes;
- O governo Michel Temer tem legitimidade para governar. Os mesmos eleitores que votaram na senhora Dilma Rousseff votaram também em Michel Temer. Ele estava lá na urna eletrônica na hora em que os eleitores apertaram 13 e confirmaram. Serviu para compor a chapa e não serve para governar?
- Ilegítima seria a ruptura da ordem constitucional para fazer novas eleições – não previstas –, ou a tomada do poder por outras forças.
- O processo de Impeachment é instrumento legítimo da democracia conforme estabelece a Constituição, a lei e foi reconhecido reiteradas vezes pelo Supremo Tribunal Federal como dentro das balizas legais. Não havendo que se falar em golpe na democracia. O discurso de golpe é apenas uma tolice;
- Os cargos de ministro de Estado devem ser ocupados por pessoas competentes. Independente de serem brancos, negros, amarelos, homens, mulheres, gays, lésbicas ou simpatizantes. O Estado não tem nada a ver com quem o ministro dorme ou deixa de dormir. O importante, repito, é que possuam competência para tirar o Brasil da grave crise em que foi jogado por anos de governos irresponsáveis, corruptos e incompetentes – conforme apontam mais de dezenas de operações policiais e decisões judiciais em curso no país.
- A competência de uma pessoa não é definida por seu gênero ou pela cor da sua pele.
- O responsável pelo ministério e por todo o governo é o presidente. Se ele ou os escolhidos errarem na condução de suas pastas pagarão por isso. O importante é que a sociedade fique vigilante e não se associem aos erros dos governantes.
- Se o presidente nomeou pessoas investigadas, ele que arque com as consequências. Entretanto, o fato de uma pessoa ser investigada ou, ainda, que responda a ações na justiça não faz da mesma culpada. O governo da presidente afastada estava repleto de pessoas investigadas e/ou respondendo ações judiciais, muitos, talvez, deixem a república de Brasilia direto para a república de Curitiba. Mais, há reais suspeitas que muitas das nomeações que a presidente afastada fez – a exemplo da do ex-presidente Lula –, foi com o claro propósito de obstruir a Justiça.
- Se os ministros do governo Temer «devem», eles que paguem por seus erros. Não meto a “mão no fogo” por ninguém. Errou? Que pague.
- Muitos destes, para quem torcem o nariz e dizem que são investigados, eram festejados como heróis, por aqueles que deixaram o poder e seus satélites. Os ministros de Temer não foram importados de Marte, estavam todos aqui, muitos integravam o governo ou faziam parte da base de sustentação, sem que ninguém – sobretudo aqueles que os acusam – lhes enxergassem defeitos. Ah, se o corrupto é do nosso lado é bom?
- Acho salutar a iniciativa do governo reduzir o número de ministérios. Democracias mais ricas que o Brasil tem gabinetes bem menores e não existe no mundo a infinidade de cargos comissionados que existem por aqui.
- A máquina pública brasileira – faz temp que reclamo – é uma da maiores fontes de prejuízos ao país, o Estado pode funcionar melhor com menos gente penduradas em boquinhas. Chega da população brasileira ser sacrificada sustentando quem não quer trabalhar. A Carteira de Trabalho não existe para assombrar ninguém;
- O Estado, como todos sabem, não produz riquezas, os recursos que gastam nos pertence. O mínimo que podemos fazer é exigir que gastem com parcimônia e critério;
- O governo está começando agora. Se não mostrar a que veio merece e deve receber as criticas da população – não me furtarei a fazê-la no momento em que errar. Como disse, nós os cidadãos, não temos compromisso com os erros de ninguém.
- O Brasil precisa da união e do sacrifício, é compreensível que seja assim, diante do quadro em nos encontramos, entretanto, o governo não tem o direito de, sem se sacrificar, sem cortar na própria carne, exigir um sacrifício maior dos cidadãos.
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